pipo69

Um blogue que acompanha um novo percurso múltiplo de diversas dimensões anónimo, indolor, incolor

terça-feira, janeiro 31, 2006

Progonósticos, só depois do jogo

Foi realmente o que aconteceu. Passámos de condenados a conquistadores. Uma versão em technicolor e com iluminação artifical. Apesar de algumas situações que lembravam mais as artes do circo. Mas não vale a pena pensar nisso. Foi apenas a minha reconciliação com o futebol espetáculo no seu significado mais puro. Tudo o que futebol tem de bom. Mas acima de tudo, a satizfação pessoal de depois do jogo acabar, empacotados debaixo da bancada conseguir que 1500 gargantas gritassem: Três na Peida Allez, Três na Peida Allez, Três na Peida Allez. Só mesmo isso.

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sábado, janeiro 28, 2006

Musica do Dia

Só eu sei porque não fico em casa - Juve Leo - 2000

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Sem explicação

O frenesim que me tem invadido desde que me compenetrei de que ia conseguir participar na "invasão da luz" não tem explicação. Racional, Lógica ou Intelectual. Monopolizou não a minha vida mas a minha dimensão onirica. Ontem passei por dois polícias do Corpo de Intrevenção e dei por mim a lembrar-me do que é participar num cortejo de uma claque. Não é a primeira vez que participo numa invasão á luz, mas sempre com amigos de outro clube. O ambiente é febril, a tensão é alta, nada de demasiado agressivo. Apenas umas bastonadas para apressar o pessoal na segunda circular. O grau de antecipação é grande, a expectativa também e a certeza de que não é compreensível até um certo grau de senso comum a diferença qualitativa que consigo sentir. O adversário (e o estádio) é o mesmo, já nem é a primeira vez, os acontecimentos já estão previstos (até certo grau) e até o percurso começa e acaba no mesmo sítio. Mas, sem qualquer sombra de dúvida para mim não é a mesma coisa. Quase uma responsabilidade de fazer "boa figura" e não deixar mal os meus. Amanhã estou rouco. De certeza.

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Razões do Coração ter uma cor: Verde e Branco

Porque é das letras de cânticos de futebol mais evoluídas. Porque apesar de me considerar um ser racional, sinto alegria verdadeira ao ouvir cantar por vozes roucas este génio do engenho humano. Toda a letra é de uma capacidade de versificação extraordinária mas o que sobresai é sem sombra a punch line do "Ès miserável, atrasadinho, e ao Eusébio tens de dar o teu cuzinho".
Desde já a advertência que o texto foi copiado por inteiro e não corrigido.
"Sintam o cheiro que afuguenta os cães / São os lampeões e as putas das mães / Que cheiro à merda que prá li vai / É tão intenso que nem com ácido sai / Lampeão porco, lampeão paneleiro, és a vergonha de Portugal inteiro / Ès miserável, atrasadinho, e ao Eusébio tens de dar o teu cuzinho / benfica é merda, benfica é merda, benfica é merda, merda merda merda"

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sexta-feira, janeiro 27, 2006

Aprender a Ler

Cada vez mais me conscencializo de que não sei ler. Ler para mim representa um prazer que funciona de um modo descordenado e afectivo. Não resulta, não consigo fazer uma "ficha de leitura" de jeito, de sistematizar informação com citações directas e com aspas. Gosto de ler tudo, gosto da sensação de me interiorizar em todo o enredo, personagens e desfecho de um bom livro. Gosto de um bom livro, mesmo de uma boa tese ou livro mais teórico mas sei que por mais que esse livro altere a minha perspectiva e mesmo a ideia sobre determinado assunto, muito dificilmente conseguirei definir a página. Não, cada vez mais me convenço que funciono em bloco, numa unidade de espaço para determinado tempo. Assimilando tudo á minha passagem, como um bom aspirador. O problema é o cotão que por vezes invade a tubagem.

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Musica do Dia

3 for my - Sixx John - The Last Assassin (DJ Muggs feat. Chace Infinte) - 2004

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quinta-feira, janeiro 26, 2006

Dados importantes para a existência humana

Fuck record holders
Here are the films that, when originally released, had the most uses of the word fuck.
1967: Ulysses and I'll Never Forget What's'isname (both films at least once) and Dont Look Back (twice)
1980: Raging Bull (127)
1983: Scarface (218) [1]
1990: Goodfellas (246) [2]
1992: Reservoir Dogs (252) [3]
1994: Pulp Fiction (271) [4]
1995: Casino (422) [5]
1997: Nil by Mouth (470) [6]
2005: The Devil's Rejects (560) [7]
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_films_ordered_by_uses_of_the_word_%22fuck%22

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quarta-feira, janeiro 25, 2006

Grandes Mestres (Question Mark)

O Xadrez pode ser visto de muitas perspectivas tendo em conta a universalidade deste milenar desporto. Primeiro de reis, imperadores e paxás depois aberto ao comum dos mortais, o xadrez é sem sombra de dúvidas uma das grandes apropriações do intelecto humano. Baseado em regras universais, imutáveis e constantes. A única variável torna-se a capacidade individual de cada um de vencer as peças do adversário.
Grandmasters é o cd que junta DJ Muggs dos Cypress Hill e Gza dos Wu-Tang Clan e para além de ser uma obra prima no género alia o uso intensivo de metáforas e imagens relacionadas com Xadrez. Basta imaginar a melée que é uma musica chamada "Queen's Gambit" que junta sexo hardcore com os nomes das equipas da liga de futebol americano e uma clara alusão ao sacrífico das mulheres (ou da peça). Mas (demasiadas) misturas acontecem no filme do Guy Richie, Revolver. O Xadrez assume no filme o papel de fio condutor da história. Apostando no enigma e na dissimulação é nos jogos que se vão revelando as peças que vão caindo, morrendo, passando para o outro lado. É um jogo mental que ironicamente acaba na quebra das regras. Mesmo todas as regras.

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Musica do Dia

Back Again - Dilated Peoples - 2005

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terça-feira, janeiro 24, 2006

(2x)Cem Palavras

De novo se repete o sentimento de regozijo. De continuar a manifestar-se a vontade de estabelecer de modo concreto (apesar de virtual) os meus pensamentos diários. De continuar a expor esta máscara, duplamente virtual.

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Sem Páginas #10

Titulo - A Sociedade de Corte
Autor - Norbert Elias
Edição - Estampa - 1995

Ler livros por obrigação normalmente não resulta. Mas este é daqueles "Nobéis" que é preciso explorar para se ser alguém. Nunca irei conseguir escrever um livro desta maneira mas admiro a capacidade deste homem que abriram fronteiras do conhecimento. Foram livros como este, novas abordagens metodológicas e principalmente a vontade de ver os problemas a partir de novos angulos que mudaram o mundo. A realidade social (qualquer que ela seja) como uma sociedade composta por múltiplas camadas e interdependentes relações. Não se pode pretender cortar a realidade como uma cebola e retirar as camadas por si. Como na mais conseguida imagem deste livro, o objectivo será sempre subir no conhecimento (qualquer que seja) como uma escada de caracol. Nunca perder a vista do que já se subiu e não conseguindo discernir o que se segue. Serve do mesmo modo para o conhecimento interior do ser. E até se torna bonito imaginar um patamar final.

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sábado, janeiro 21, 2006

Musica do Dia

Pretty Piece of Flesh - One Inch Punch - Romeo + Juliet - 1996

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Nem de propósito

Nem de propósito para saudar os comentários do Nuno Barros, no regresso li a entrevista do Nobelizado José Saramago ao "La Vanguardia" de Barcelona tal como vem publicada no "Courrier Internacional" desta semana. Duas questões distintas se levantam.
1 - O carácter pedante e mesmo presumido dos percursos de Saramago em Lisboa. Vou mostrar a Lisboa que escrevi, dos meus livros, do Martinho do Arcada e do Hotel Bragança. O equivalente a uma visita de estudo do Secundário. Para além dos pormenores sórdidos do relacionamento dele com a mulher espanhola e a obliteração que é feita à sua vida anterior. Parece que só tem existência concreta e real depois de a conhecer. Para quem não sabe, passem num alfarrabista e vejam as primeiras edições, anteriores ao relacionamento dos dois, comparem as dedicatórias com as edições posteriores.
2 – As “pretensas” implicações do seu projecto iberista. Apesar de objectivamente (planos como a geografia, economia, macroeconomia), a independência de Portugal não fazer um sentido total no conjunto da Península Ibérica, não se pode descurar outras dinâmicas. Como não se está a falar de vender coca-colas, mas sim de planos simbólicos, sentimentais que sempre fugiram ao determinismo que se pretende criar e impor.
Para Portugal a excepção é a perca de independência, pois apenas durante breves períodos da sua história a soberania não foi directamente portuguesa. Não o contrário. Porque da única vez que de modo duradouro esteve em causa a existência de Portugal independente (dentro de todas as nuances da Monarquia Dual) o Rei Filipe II de Espanha (I de Portugal) teve de assegurar essa posse de três maneiras. Herdou o reino, Comprou o reino e Conquistou-o militarmente. Já na altura éramos intrujas, obrigámos o homem a pagar 3 vezes por algo que de direito era dele.
A Espanha sim é um manto de retalhos, dai que a comparação com a Jugoslávia seja no mínimo ridícula. Mesmo com um “grau de subalternidade inédito” Portugal irá sobreviver. Se calhar com a importância de San Marino e do Liechtenstein. Mas também qual é o português no seu perfeito juízo que tem aspirações a mais do que se apurar para o Europeu e dois anos depois para o Mundial de Futebol e como benesse os sub-23 nos Jogos Olímpicos.

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sexta-feira, janeiro 20, 2006

Parelhas Musicais

Hallelujah - Jeff Buckley - Grace - 1994
- Rufus Wainwright - Shrek - 2002

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quinta-feira, janeiro 19, 2006

Sem Páginas #9

Titulo - Waiting for the Barbarians
Autor - J. M. Coetzee
Edição - Vintage - 2004

Acho que foi o primeiro Nobel que li. E valeu a pena, o nível de escrita é sublime. A capacidade descritiva do espaço interior e exterior suprema. Os graus de penetração na pele do leitor vão variando mas sempre numa intrusão que força a leitura. Um livro que alia uma beleza desconcertante com uma crueza descritiva por vezes incomodativa.
O sentir das personagens é básico, cru, quase animalesco mas a complexidade dos sentidos é extonteante, sempre provocando o agir consequências que vão abrir feridas insanáveis.
Mas o que me fascinou mais foi sem sombra de dúvida a noção de tempo empregue pelo autor. "Empire has created the time of history. Empire has located its existence not in the smooth recurrent spinning time of the cycle of the seasons but in the jagged time of rise and fall, of beginning and end, of catastrophe." Porque a história sempre existiu para quem manda, não para quem obedece. Os outros vivem ao sabor das estações tentando sobreviver.

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quarta-feira, janeiro 18, 2006

Musica do Dia

Golden Brown - The Stranglers - Snatch: Stealin' Stones & Breakin' Bones - 2000

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terça-feira, janeiro 17, 2006

Portuga acima de tudo

Você vai ser uma boa surpresa para os seus amigos do Norte! Sabe o suficiente para se dar as mil maravilhas com as gentes desta cidade. De certeza que conhece toda a zona Ribeira, incluindo bares e restaurantes. Com um pouco de esforço, não terá problemas em tornar-se cidadão honorário da Invicta!
http://kaser.nsk.pt/puorto.htm

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Valores Relativos

Toda a filosofia ocidental tinha sofrido uma revolução se o futebol tivesse sido inventado há mais tempo. Pega-se numa crença inata, mistura-se com um fenómeno, enquadra-se num conjunto de regras e ajuda-se à confusão com um bocadinho de causalidade (i.é. o facto da bola ser redonda). Ir ver um jogo de futebol de outra equipa é uma situação só comparável com uma near death experience daquele tipo de luz ao fim do túnel. Mais relativista do que observar a mesma dinâmica que me move (quando condiciono por exemplo um sábado ou domingo para poder ver a bola) ser imitada por alguém que segue outra equipa torna-se absurdo.
Estar numa bancada à chuva e poder observar por fora os sentimentos mais básicos emergindo naqueles 90 minutos são talvez a prova provada de que o intelecto humano pode destruir tudo com a racionalização dos seus actos mas nunca conseguirá fugir. Fugir aquilo que o guia no seu instinto e no seu sentir, ou seja o seu clube de futebol. Por isso vou á barraca dos lampiões daqui a menos de 15 dias. Decisão tomada de espirito alegre apesar dos riscos que comporta.

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sexta-feira, janeiro 13, 2006

Musica do Dia

I Want You Back - Jackson 5 (Z-TRIP Remix) - Motown Remixed - 2005

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quinta-feira, janeiro 12, 2006

Frio

Está um frio de gelar os ossos. Apenas isso. E nem sequer neva e devem tar mais ou menos 7 graus. Mas o meu nível de tolerância baixou ainda mais e ultrapassou o limiar do negativo.

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quarta-feira, janeiro 11, 2006

A Coisa em Si

A coisa em si, é o mais importante mas o mais dificil de definir. Comecei a ler o Schopenhauer mas tem de ficar para mais tarde. Para outro tempo. Para outro eu.
Contento-me na observação diária dos relativismos que a vida nos impõem. Nos choque mentais que de definem nas fronteiras da convivência e de como raramente (ou quase nunca, dependente da corrente filosófica) se chega à Coisa em si.
A representação tranforma-se no final, no nosso corolário de uma verdade que apreendemos aos soluços, sem tempo definido e ao sabor do acaso, da vontade diria Schopenhauer.
Mas sem vontade somos apenas receptores de acidentais aproximações às sombras mais escuras, por isso quero. Vou querer mais.

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terça-feira, janeiro 10, 2006

Musica do Dia

Raindrops Keep Fallin' on My Head - B. J. Thomas - Butch Cassidy and the Sundance Kid - 1969

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Peter
Peter

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sábado, janeiro 07, 2006

40 em 40

This is the end, beautiful friendThis is the end, my only friendThe end of our elaborate plansThe end of everything that standsThe endNo safety or surpriseThe endI'll never look into your eyes againCan you picture what will beSo limitless and freeDesperately in need of some stranger's handIn a desperate landLost in a Roman wilderness of painAnd all the children are insaneAll the children are insaneWaiting for the summer rainThere's danger on the edge of townRide the King's highwayWeird scenes inside the gold mineRide the highway West, babyRide the snakeRide the snakeTo the lakeTo the lakeThe ancient lake, babyThe snake is longSeven milesRide the snakeHe's oldAnd his skin is coldThe West is the bestThe West is the bestGet here and we'll do the restThe blue bus is calling usThe blue bus is calling usDriver, where are you taking us?The killer awoke before dawnHe put his boots onHe took a face from the ancient galleryAnd he walked on down the hallHe went into the room where his sister livedAnd then he paid a visit to his brotherAnd then he walked on down the hallAnd he came to a doorAnd he looked insideFatherYes son? I want to kill youMother, I want to fuck youC'mon baby, take a chance with usC'mon baby, take a chance with usC'mon baby, take a chance with usAnd meet me at the back of the blue bus This is the end, beautiful friendThis is the end, my only friendThe endIt hurts to set you freeBut you'll never follow meThe end of laughter and soft liesThe end of nights we tried to dieThis is the end

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Para alguém que consome, em todos os sentidos muita musica normalmente ando um bocado atrasado. Atrasado em relação ao hype do momento. Lembro-me que o desfasamento se começou a dar ironicamente com a entrada na faculdade. Perdi vários "comboios" a começar com os crossovers-nu-metal-hip-hop linking-park-limp-biskuit e afins. Mas a ironia é que isso não é minimamente importante. A contextualização é importante do momento em que determinado som surge, mas a sua validade (se não a artística pelo menos a do suporte material) prolonga-se no tempo. Só ter ouvido o Psyence Fiction agora não invalida compreender o seu valor ground-breaking em 1998. Mas fica a pena. Só agora faz parte de mim.

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I Want To Be Sedated - Ramones - Road to Ruin - 1978
Shonen Knife - ?????? - ????

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Os/As Danças Ocultas são um dos grupos que me levam a acreditar no génio humano. Iniciando a carreira no que parecia ser uma formatação castradora; 4 concertinas, sem vozes; mas evoluiram. Dominaram os seus instrumentos tecnicamente e começaram a partilhar o seu talento com outros musicos. Primeiro instrumentalistas como eles próprios e de seguido algumas vozes que ombreiam com aquele som tão peculiar, tão singelo.
Pulsar foi o resultado e pode-se aceitar como um produto musical de valor imutavél. Existe e só pela energia que transmitem as vozes (das concertinas e as outras propriamente ditas) deveria ser de escuta obrigatória. Porque os instrumentos musicais ampliam a mestria do homem no dominio da sua expressão. O som transformado em energia, em ondas que nos invadem.
http://dancasocultas.weblog.com.pt/arquivo/2006/01/memorias_7.html#comments

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Porque o meu avô gosta e ouviu o concerto completo. "Grande Banda" dizia ele enquanto procurava lembrar-se de um artista português que se fizesse acompanhar de um tão grande número de acompanhantes. Não, nem mesmo o Marco Paulo quando fez 20 anos de carreira.
O Live at The Palladium é prova de como os Divine Comedy são geniais. Eles ou o Neil Hannon ainda não percebi muito bem como se faz a divisão dos lucros naquela empresa.
Aparentemente limitado no formato a realidade é outra. Não só os originais como as releituras para a orquestra são completamente geniais. E são poucos os autores que conseguem manobrar a lingua inglesa como ele. Fate doesn’t hang on the wrong or right choice / fortune depends on the tone of your voice. É tão simples como isto.

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Na ultima noite do ano estive a discutir a razão da tão exarcebada má qualidade da sonoplastia dos filmes portugueses. Para além de uma obesessão com a recolha "pura" do som, num desvairio mal contido de autocarros, elétricos e geral barulho humano existe um claro défice material a inquinar a dita recolha.
Pelo contrário nos últimos anos tem nos entrado pelos ouvidos um assinalável salto qualitativo na produção discográfica nacional. Finalmente não estamos atrás de ninguém. Apesar de algumas limitações de horizontes criativos. O que é claramente suplantado por aquela meia duzia de lançamentos que realmente fazem a diferença. Ainda temos a combater alguns nichos de mau gosto ou de vicios, como as bandas de guitarras/bateria/baixo cantarem em inglês e os resquicios de bois bands que por cá ficaram.

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Mixtape é um conceito demasiado estanque. Detesto a palavra portuguesa, compilação. Eu não faço compilações, faço mixtapes. Preocupo-me, penso e com o que tenho disponível tento estabelelecer linhas invisíveis. Comunicação quase telepática entre mim e o destinatário.
Mensagens que se querem fazer passar, imagens que se querem criar na mente de outrem. Porque a beleza é ocupar aqueles minutos no ar daquele ser. Entrar pelas orelhas, descer todos os canais auriculares e penetrar em pequenos impulsos elétricos o cérebro que queremos dominar. Levá-lo a reconhecer e identificar-se com as nossas ideias. De luz, de música; da mesma coisa.

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Primeiro ela pede-nos feed me, precisa de nós; alimentamos-nos de sorrisos. Entramos em evolution revolution love, acreditamos que é for real. Esqueço-me where i'm from e nunca mais se têm bad dreams. Não é preciso preguntar what is wrong e you don't wanna que aquele sentir desapareça. Até que chega the moment i feared, não há soluções nem mesmo tear out my eyes. Era só um scrappy love, tudo makes me wanna die mas o importante é sobreviver ao aftermath. Tricky dix it.

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"soundtrack of our lives", não sei de onde retirei esta citação mas ela existe. Sem musica não se pode viver no sentido mais lato do termo. A música proporciona aquela milimésima de drama que transforma a nossa ordinary day life em algo de suportável. Tem o seu tempo, pode estragar um momento, pode gravá-lo para sempre na memória. "because i live my life like a french movie" mas dos antigos, que o novo cinema francês é demasiado atroz.

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Apesar de o critical aclaim ter ido para o OK Computer, os meus dois álbuns são o binómio Kid A/Amnesiac. Umbilicalmente ligados, apareceram na fronteira do século para nos mostrar em versão resumida o que é a perfeição da manipulação dos sons.
Resumos incontidos das mais diversas influências musicais são no conjunto harmoniosos.
Discos para levar para uma ilha deserta, ouvidas as musicas normalmente ou em repetição individual, permitiam não perder contacto com algo que o homem precisa para viver e não sobreviver, a beleza.

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sexta-feira, janeiro 06, 2006

Sem Páginas #8

Titulo - A Long Way Down
Autor - Nick Hornby
Edição - Penguin - 2005

Porque a realidade é mesmo aquilo que parece. Levada aos extremos perde todos os seus enfeites e torna-se aquele muro que repentinamente se ergue na nossa frente. A dificuldade é conseguir escrever o que se vive, não viver sem metáforas escondidas.
Torna-se um dom, a capacidade de abrir sorrisos, de abrir espelhos, de fechar o céu escuro ainda mais carregado. Ela é assim e no fim à sempre alguém que salta e não olha para trás.
Mas sem sombra de dúvida o caminho é mesmo longo, principalmente porque não é para todos deixar simplesmente de olhar para os que ficam.
Mas em primeiro lugar porque o mundo não deixa de girar, o London Eye talvez mas o mundo continua sem parar. E se calhar não conseguimos perceber isso muito bem. Mas não somos mesmo o centro do mundo. O nosso umbigo talvez, mas só do nosso mundo.

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quinta-feira, janeiro 05, 2006

Den Helder - Texel

Ou será Texel - Den Helder; depende apenas se a partida é do continente para a ilha ou ao contrário. Mas sempre com regresso porque a ilha é pequena. Mesmo muito pequena.
Sai-se do ferry, aluga-se uma bicicleta e em 6 horas dá-se a volta à ilha. Pelo menos a 3/4. Procura-se o centro, as batatas fritas e as igrejas protestantes. As casas direitas e o horizonte que termina no muro que protege os habitantes das fúrias do Oceano - Mar do Norte.
Porque estacionar a bicicleta e entrar numa praia em que se destaca a draga que cospe areia de volta a terra, roubando segunda vez ao mar o que lhe tinha sido já conquistado; é estranho.
Porque a terra na Holanda tem um segundo valor, a precariedade da conquista, da vitória sobre algo que para os outros é garantido. O valor imutavel da Terra - Sangue.

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quarta-feira, janeiro 04, 2006

Musica do Dia

Lonely Soul - DJ Shadow - In Tune and On Time - 2004

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Top Gear

É por programas destes que as pessoas querem emigrar. Agora já temos a tv cabo-google video dá para fugir à ditadura do fracasso consecutivo dos programas de carros em português. Mas mesmo assim é demasiado dolorosa a comparação.
Nada se compara aqueles testes drives alucinados. Colocar um carro a fugir de um tanque ou de um helicóptero Apache. Brincar com carros de milhares de euros em pedreiras. E estas não são as maiores alucinações que aqueles senhores se lembram.
Maratonas de milhares de quilómetros entre as capitais europeias ou uma ida de Londres a Glasgow e regresso com apenas um depósito num 4 litros.
A recordação mais triste que tenho foi quando assumimos a presidência rotativa da UE ver a análise feita no “Conta-Rotações” aos Audis topo de gama que na altura custaram uma pipa de massa. A diferença é tão grande que nem vale a pena discorrer mais.
Ou isso ou ter estado a planear a viagem pela Escócia. Umas boas milhas que vou queimar do lado direito do carro.

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terça-feira, janeiro 03, 2006

Musica do Dia

O que foi, foi - Matozoo - Nação Hip-Hop 2005 - 2005

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Rise and Shine

Tudo tem de mudar para as coisas ficarem na mesma. Não era só na Itália da Reunificação. É preciso que o tempo passe mesmo. Só mesmo pela acumulação "sistemática" de bons dias, bons espíritos e a aceitação da nossa luz interior.
Só acordando todos os dias com esse espírito e trabalhando para isso. Fazer a minha sorte e tentar. Tentar sempre que essa é a melhor maneira de conseguir.

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