pipo69

Um blogue que acompanha um novo percurso múltiplo de diversas dimensões anónimo, indolor, incolor

sexta-feira, março 31, 2006

Etiquetas:

quinta-feira, março 30, 2006

Alea iacta est

Assim apenas, seja feita a "vossa" Vontade, que a vida já não está para expectativas. Ao menos isso, que de não tentar ninguém me possa acusar.

Etiquetas:

Sem Concerto #3

Artista - The Legendary Tiger Man
Local - Lux
Data - 29 de Março de 2006

Não sabia o que esperar. Ainda não percebi bem o que aconteceu. Será mesmo génio, naquele sentido o mais prático possivel, aquela versatilidade que ele demonstrou. Ou é apenas muito treino? Não faço a mínima mas surpreendeu-me, mais do que tava à espera. Acho que o termo correcto será Fusão. Não só por tocar ele os intrumentos todos, incluindo um apito daqueles para chamar os patos. Excelente. A coordenação é de mais, imaginar os pés, as mãos e a boca a funcionar ao mesmo tempo levadas pelo ritmo. Fusão, do ritmo, da melodia, da energia. Um Man in Black naquele sentido mais puro do que a vontade humana consegue. Maravilhas Maravilhosas. Sem Máscaras.

Etiquetas:

quarta-feira, março 29, 2006

O que foi não volta a Ser

A realidade é algo muito volátil. Carregado de significados profundos mas influenciável por pequenos promenores. O que na Arte da Guerra se chamam as frictions of war aqueles pequenos momentos que alteram o outcome de toda uma batalha. Devia ser obrigatório ter umas lições de história militar e ensinar aos meninos que na maior parte das vezes a culpa nem é "nossa" mas de pequenas circunstâncias que ninguém controla. Vivemos presos a um conceito de segurança, falsa segurança, que pensamos determinar o rumo dos acontecimentos. Mas a Arte (da Guerra) nunca foi eliminar esses atritos mas sim saber que inevitavelmente ocorrem e que a ciência é apenas saber contorná-los. Saber viver, manter o pé na piscina.

Etiquetas:

terça-feira, março 28, 2006

Etiquetas:

Musica do Dia

Crazy Claws - Tricky (feat. Mad Dog) - Mission Accomplished - 2000

Etiquetas:

sábado, março 25, 2006

Etiquetas:

Centenário versus Centenarium

Porque há clubes que ainda têm dignidada. Não precisam de inventar datas manhosas para justificar o "roubo" de um campeonato. Pelo menos dois senhores conseguiram não ser presos no ano passado. Pode ser que a mama se acabe um dia destes. Deus não dorme. Por isso o nosso é mesmo 100 anos.

Etiquetas:

sexta-feira, março 24, 2006

Etiquetas:

Sem Páginas #16

Titulo - Portrait of The Artist as a Young Man
Autor - James Joyce
Edição - Wordsworth Classics - 2000

Porque há modos de ler muito diferentes e livros que nos provocam reacções que não esperávamos. Porque ainda não percebi o que me confunde mais, o vanguardismo formal do texto, a aparente normalidade do que é escrito, o choque com a crua realidade descrita. Compreendo os riscos que correu e o modo fragmentado com que o texto se apresenta. Mas ainda não consigo definir se se tornou obrigatório ler o Ulysses. Talvez o maior choque seja o interligar das dinâmicas pessoais e ficcionais. É impossível não sentir aquele texto, carregado de simbolismo católico, de catecismo em latim, de pecado e contrição, acção e reacção. É o abandono, também do ser humano, um cortar amarras e partir sem olhar para trás. O golpe de Asa que Mário de Sá-Carneiro nunca deu.

Etiquetas:

quinta-feira, março 23, 2006

Parelhas Musicais

Something in the Way - Nirvana - Nevermind - 1991
Tricky - Blowback - 2001

Etiquetas:

quarta-feira, março 22, 2006

Musica do Dia

Piggies - The Beatles - The Beatles (White Album) - 1968

Etiquetas:

Estéticas contraditórias

O debate do valor da estética é redundante. A percepção da realidade não pode ser tomada como garantida. As nossas categorias são demasiado imperfeitas para conseguir abarcar os fenómenos criados pelo mundo sensível. Trabalhar com conceitos criados por outros e com carga histórica é um tricky business. Já dizia o Nietzsche no texto que sem sombra de dúvida me marcou mais em termos mentais. Lido no Sud-Express. Relativizando o tempo que ia passando.

Etiquetas:

terça-feira, março 21, 2006

Musica do Dia

Wait a Minute - BS2000 - Simply Mortified - 2001

Etiquetas:

sexta-feira, março 17, 2006

Etiquetas:

Smoke - No Smoke please

Às vezes sinto-me naquele filme do Harvey Keitel. A rotina começa a impor-se, os pôr do sol continuam sempre a acontecer no mesmo sítio. Tornamos-nos um realidade na vida das pessoas, começamos a fazer parte do seu dia mas só de raspão. Não sou de cá. Só mesmo pelo pôr do sol.

Etiquetas:

quinta-feira, março 16, 2006

Paperback ou TFTcover

Fazer um search no Projecto Gutenberg (http://www.gutenberg.org) é um problema grave. Rapidamente percebemos a quase infinitude de opções e de poços de saber em que podemos cair. Mas mais problemático é pensar em ler um livro no computador. Ainda não se arranjou um meio de "parecer" natural estar muito tempo com os olhos enfiados nesta "televisão". Desisti depois de ver um ou dois exemplares. É óbvio que ler livros com má impressão e letras de corpo 10 ou 11 também não. Mas ainda me consigo enganar com o cheiro a papel. Modas e manias. Ironicamente serão as edições antigas fora de copyright que alimentarão esta passagem da coisa física para os zeros e uns. Só falta fazer uma musica sobre o "e-book killed the paperback" ou coisa que o valha. Será que já temos a MTV que irá levar a cabo essa revolução? Poderá ser adiada ou é mesmo inevitável. Acredito que já temos os intrumentos para tal, será que a resistência conseguirá adiar o futuro durante muito tempo.

Etiquetas:

quarta-feira, março 15, 2006

As regras do jogo

Rules for Dwarf Throwing
If a dwarf is thrown through a glass window or glass door, he must wear gloves and a suitable mask.
If a dwarf is thrown through a burning hoop, extinguishers must be provided.
If a dwarf is thrown down a well, the organizers must ensure that the bottom of the well is dry, and is covered by leaves to a depth of three inches.
If a dwarf is to be thrown across the path of an oncoming train, the thrower must previously satisfy the organizers that he bears no personal malice against the throwee.
If a dwarf is thrown into a pond or river, he must wear a wetsuit and need not be tightly bound.
If dwarfs are thrown at night, they may be painted with phosphorescent paint, so that the point of impact may be clearly seen.
If a dwarf refuses to be bound in the usual way before throwing, he may be put in a straitjacket of the requisite size.
If a dwarf utters any sound whatsoever, either in flight or at the moment of impact, the throw will be disqualified.
If a jockey impersonates a dwarf and wins a competition because his light weight allows him to be thrown farthest, he will be liable to a fine of £1000 or three years imprisonment.
It is strictly forbidden in dwarf-throwing literature and publicity, to refer to dwarfs as 'persons of restricted growth' or 'small people'.
Porque um desporto sem regras é uma actividade de bárbaros.
http://www.minbu.connectfree.co.uk/dwarf.htm

Etiquetas:

Etiquetas:

terça-feira, março 14, 2006

Musica do Dia

Ride of the Valkyries - Richard Wagner - Apocalipse Now Redux (Remastered) - 2001

Etiquetas:

War

Filmes de guerra são sempre aquele momento. Principalmente para uma geração como a minha que felizmente escapou a tal prova de fogo na passagem à idade adulta. Começar com Platoon, passar por Born on the Fourth of July e começar a descobrir clássicos como Patton e Battle of the Bulge, ver as montagens manhosas dos dogfights de Battle of Britain ou o dramatismo da escolha do Capitão Langsdorff na The Battle of the River Plate. Mas foi com Kubrick e Stone que mais longe se foi (os dois Apocalypse Now e Full Metal Jacket). E então aparece Terrence Malick e The Thin Red Line que filma a guerra como ninguém a tinha filmado, que abdica do humano para se perder na natureza. Que filma talvez de maneira mais impressionante o aniquilamento do índividuo na morte final do protagonista. E apesar de tudo tinha um "cast" alternativo de nomes sonantes que nem sequer aparecem nos créditos. Esses metros de película serão sem sombra de dúvidas apetecidos por qualquer verdadeiro fan de cinema de guerra. E pensar que Saving Private Ryan é do mesmo ano... Em relação a Jarhead a análise torna-se mais dificíl, a reciclagem da imagem clássica é demasiado evidente e a tentativa de criar uma nova imagem também. Mas é inegável uma profundidade e capacidade de levar a aniquilação do ser ao mais ínfimo grau. Porque eles sentem-se mesmo inúteis e querem mesmo matar. É por isso que dou graças da minha geração (ainda) não ter tido uma experiência militar que ultrapassa-se os limites do quartel da Ajuda no dia da inspecção. Felizmente apenas um dia.

Etiquetas:

sábado, março 11, 2006

Musica do Dia

Cocaine Blues - Johnny Cash - At Folsom Prison - 2000

Etiquetas:

Sem Páginas #15

Titulo - O Arquivo Mitrokhine
Autor - Christopher Andrew & Vasili Mitrokhine
Edição - Dom Quixote - 2000

Num mundo de cordeiros e lobos, onde são as peles que mudam e não as pessoas, fica um sabor amargo. Perdidos numa multipla galáxia, como o início do Star Wars, ficamos sem saber o que é verdade. Se serão os factos ou as estórias, as acções ou os relatórios. Quanto da nossa vida está preso nesse conjunto de "matéria cinzenta"(e não me refiro ao termo intelligence). Nas histórias mais românticas de chapéus de chuva manhosos, micromáquinas fotográficas, caixas secretas, etc., existe sempre aquela desilução de que para além de alguns "espiões", mais respeitadores ou puros, o normal é mesmo apenas o apelo do dinheiro. A "baixeza moral" que a maioria demonstra apenas ajuda a ganhar um asco positivo em relação a esse mundo. E perceber que eles eram os maus, mas os bons usaram todos os meios à sua disposição para acabar com esses maus. O mundo era muito mais simples quando bastava a predominância bi-polar para explicar os problemas do planeta inteiro, quando fechando os olhos se apoiavam apenas os inimigos do nosso inimigo. Nada de grandes complicações que os relatórios têm de ser simples. Foi um mundo que terminou e agora andamos a apanhar os cacos da Guerra (dita) Fria.

Etiquetas:

sexta-feira, março 10, 2006

Caderneta da Caixa

Hoje fui pedir uma nova caderneta na caixa. Toda escrevinhada pelas máquinas, a amálgama de números já chegava à capa. Aquela caderneta marca dois momentos fundamentais. A quebra do monopólio do banco do pai e a entrada na faculdade. Ainda em escudos, foi aberta a conta com cinco contos. Daquelas notas verdes que havia "antigamente". Já passou muito aquela conta e apesar de ser um instrumento fora de moda, foi interessante procurar referências de coisas feitas. De compromissos feitos, de gastos importantes, de recursos últimos mas acima de tudo a constatação que somos um conjunto alargado de números. Número de conta, número de aluno, BI, contribuinte mas mais importante os números que entram e saem, sobem e descem num saldo que não se pode tornar o da nossa vida. Mas que a maior parte das vezes nos toma reféns de um bem-estar enganador. Viva a sociedade capitalista. Ou não.

Etiquetas:

quinta-feira, março 09, 2006

Etiquetas:

quarta-feira, março 08, 2006

Sem Páginas #14

Titulo - A Pena de Marte
Autor - Rui Bebiano
Edição - Minerva - 2000

Depois dizem que não vale a pena sair de Portugal. Se este livro tivesse sido escrito por um americano ou inglês era considerado uma biblia da matéria. Mas não, está apenas escrito numa lingua sem qualquer realidade de difusão científica. Equilibrio e capacidade analítica de um período tão alargado e abrangendo documentos principalmente portugueses mas fazendo sempre a ponte para a cultura europeia. Escola de Coimbra no seu esplendor. Uma capacidade de interligação que me faz corar de vergonha e sonhar conseguir um dia atingir no meu diminuto "campo de especialização". Mas vai-se tentando dentro das limitações interiores, já que não há desculpa para mais nenhumas.

Etiquetas:

terça-feira, março 07, 2006

Esqueci-me das chaves

A estupidez humana em geral e em particular a minha não tem limites.

Etiquetas:

NOwhere ou NOWhere

Sentado no autocarro há duas escolhas. Pensar em mim estando aqui (NOW) ou não querer acreditar (NO) onde estou. Também podia ser uma passadeira num ginásio ou uma pele que se veste de manhã para sair à rua. Um sorriso aberto sempre ou apenas quando queremos. O que nos guia neste caminho é conseguir deixar cair a armadura e não esquecer que estar vulnerável não é o pior, o pior é não estar aqui. Por isso já houve alguns que me viram com uma t-shirt vermelha, apesar do frio que esteve ontem. God bless the dysfunctional.

Etiquetas:

Etiquetas:

Musica do Dia

Road to Nowhere - Talking Heads - Little Creatures - 1985

Etiquetas:

sábado, março 04, 2006

50 em 50

um bocadinho de contacto inter-pessoal nunca fez mal a ninguém.

Etiquetas: ,

49 de 50

Electioneering - Radiohead - OK Computer - 1997

Etiquetas: ,

48 de 50

Barrel of a Gun - Depeche Mode - The Singles 86-98 - 1998

Etiquetas: ,

47 de 50

Pure Morning - Placebo - Once More With Feeling - 2004

Etiquetas: ,

46 de 50

We Don't Care - Audio Bullys - Ego War - 2003

Etiquetas: ,

45 de 50

Be There - U.N.K.L.E. feat. Ian Brown - 1999

Etiquetas: ,

44 de 50

The Times They Are a-Changin' - Bob Dylan - Bob Dylan's Greatest Hits - 1967

Etiquetas: ,

43 de 50

Redemption Song - Bob Marley & The Wailers - Legend - 2000

Etiquetas: ,

42 de 50

Close Your Eyes - Chemical Brothers feat. The Magic Numbers - Push the Button - 2005

Etiquetas: ,

41 de 50

Musica da Hora
Oh What a World - Rufus Wainwright - Want One - 2003

Etiquetas: ,

sexta-feira, março 03, 2006

Etiquetas:

quinta-feira, março 02, 2006

HTTT(C)

Genie let out the bottle
It is now the witching hour
Genie let out the bottle
It is now the witching hour
Murderers you're murderers
We are not the same as you

Hail to the Chief we have chosen for the nation,
Hail to the Chief! We salute him, one and all.
Hail to the Chief, as we pledge cooperation
In proud fulfillment of a great, noble call.
Yours is the aim to make this grand country grander,
This you will do, that's our strong, firm belief.
Hail to the one we selected as commander,
Hail to the President! Hail to the Chief!

Qual será a caixa de Pandora? Donde vem o backfire que nos atinge a todos sem qualquer contemplação. Não há cor, credo ou fortuna. Que resista à Bomba ou ao maluco que a cavalga. Tipo Carga da Brigada Ligeira, mas mais no Mundo inteiro e nós todos a correr à frente dos corcéis. E eles vestidos de negro.

http://www.greenplastic.com/lyrics/gloaming.php
http://en.wikipedia.org/wiki/Hail_to_the_Chief

Etiquetas:

quarta-feira, março 01, 2006

Musica do Dia

Se me Amas - Xutos & Pontapés - 1.º Agosto no Rock Rendez Vous - 2000

Etiquetas:

Fim da Estória

Capote e Walk the Line são duas espantosas tentativas de biografia. Obviamente que é impossivel conter a vida de um homem em alguns metros de fita. Mas não, prefere-se poupar na estória do fim, com aquelas letras pequeninas que com 5 segundos de intrevalo vão discorrendo até aparecer The End. O fim das personagens, o fim da estória. Tenta-se conter naquelas letras, por vezes apenas meia duzia, uma quantidade de tempo muito superior à que é retratada no filme. É óbvio que a vida de Johnny Cash não acaba com o concerto nem com a sua "recuperação", igualmente as execuções de Perry Smith e Richard Hickock marcam um certo fim para Capote. Porque mesmo os que são retratados em filme encontram o seu fim. E se estamos sentados numa sala de cinema é porque o seu fim, não é igual ao dos outros. Ou como os Ornatos diziam: Chegamos ao fim da canção e paro um pouco para dormir. Foram dormir mas o seu quotidiano passou da estória para a história.

Etiquetas:

Etiquetas: