Fim da Estória
Capote e Walk the Line são duas espantosas tentativas de biografia. Obviamente que é impossivel conter a vida de um homem em alguns metros de fita. Mas não, prefere-se poupar na estória do fim, com aquelas letras pequeninas que com 5 segundos de intrevalo vão discorrendo até aparecer The End. O fim das personagens, o fim da estória. Tenta-se conter naquelas letras, por vezes apenas meia duzia, uma quantidade de tempo muito superior à que é retratada no filme. É óbvio que a vida de Johnny Cash não acaba com o concerto nem com a sua "recuperação", igualmente as execuções de Perry Smith e Richard Hickock marcam um certo fim para Capote. Porque mesmo os que são retratados em filme encontram o seu fim. E se estamos sentados numa sala de cinema é porque o seu fim, não é igual ao dos outros. Ou como os Ornatos diziam: Chegamos ao fim da canção e paro um pouco para dormir. Foram dormir mas o seu quotidiano passou da estória para a história.
Etiquetas: pipo
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