Caderneta da Caixa
Hoje fui pedir uma nova caderneta na caixa. Toda escrevinhada pelas máquinas, a amálgama de números já chegava à capa. Aquela caderneta marca dois momentos fundamentais. A quebra do monopólio do banco do pai e a entrada na faculdade. Ainda em escudos, foi aberta a conta com cinco contos. Daquelas notas verdes que havia "antigamente". Já passou muito aquela conta e apesar de ser um instrumento fora de moda, foi interessante procurar referências de coisas feitas. De compromissos feitos, de gastos importantes, de recursos últimos mas acima de tudo a constatação que somos um conjunto alargado de números. Número de conta, número de aluno, BI, contribuinte mas mais importante os números que entram e saem, sobem e descem num saldo que não se pode tornar o da nossa vida. Mas que a maior parte das vezes nos toma reféns de um bem-estar enganador. Viva a sociedade capitalista. Ou não.
Etiquetas: pipo
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