Part V
As departement stores a debitar sem fim todas as variáveis existentes das músicas de Natal – um desespero para conseguir vender tudo – o equivalente de um stock market crash mas em bens de consumo, na realidade todo um estilo de vida em saldo, em liquidação total. E finalmente se começa a perceber que ainda estamos no início. Quando se começa a agradecer aos turistas [não terem anulado as reservas] é porque algo corre nas veias desta sociedade. Pelo canto do olho se toma o pulso da ansiedade que tomou conta desta porta para a Grande Casa.
O mais inquietante é que as medidas propostas são baseadas em suposições de um mercado que já não existe. Estamos numa fase que nas guerras se chama anacronismo tecnológico, um dos lados luta com armas que já não fazem sentido, que já não produzem resultados [positivos]. O problema é que não se encontra vislumbre das armas que temos pela frente. O futuro do nosso sistema encontra-se por detrás de uma colina, ainda é só um rumor de [novos meios de] destruição mas terá de haver algo por detrás desse ruído ensurdecedor. Mas também quem é que sobrevive ao colapso do sistema financeiro? Pelos vistos toda a gente, pois pelo menos uma vez por geração torna-se necessário sofrer e pelo menos ainda não andamos com malas cheias de notas.
A duplicação dos espaços cria uma sensação de continuidade. [Apenas isso e nada mais].
Etiquetas: pipo
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home