Part IV
Depois a eterna dúvida acerca do génio americano. Existe ou é apenas a soma de milhares e milhões de vontades individuais. Como sociedade carismática que é fundada numa sucessão de paternalismos auto-impostos desde o rei de inglaterra ao rei do texas. E como todas as sociedades carismáticas têm uma difícil relação entre a vontade individual e a colectiva, as fronteiras de uma pertença social e os desvios entre o arbítrio externo e a vontade própria. Como dizia o chefe dos chefes da inteligência o problema é passa a informação, é a maneira doentia como se pretende distinguir a realidade – nós e eles – torna mais difícil combater o inimigo interno. Um bocadinho como roma antes do fim. Primeiro recrutá-los, depois assimilá-los e finalmente quando a identidade já não for nada perecer ás mãos daqueles que procuraram refugio no sonho. As sociedades não sobrevivem sem mistura mas têm de sacrificar a sua identidade no decorrer do processo. Irreversivelmente e sem retorno. Porque NY é a terra dos clichés profundos, metáforas universais de um microcosmo aberto para si mesmo – tudo é grande mas estamos sempre numa ilha – apesar de apenas á beira da água se perceber mesmo isso. NY é a sua própria medida confluindo tudo para Manhattan apesar de ser em Manhattan que as coisas se tornam [metaforicamente e] fisicamente finitas. Porque para além da multiplicidade de realidades esquina a esquina ainda há 100 canais na televisão. Janelas para a américa real – dos redneck e do accent do Midwest, das MILF de OC e daquela Meca distante que é Hollywood. São esses os dois pólos desta massa civilizacional.
Etiquetas: pipo
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