Part II
Não há noite, apenas o cansaço das pernas, há sempre luz – ligada a um qualquer quadro eléctrico prestes a rebentar. Mas não, continua-se a fazer compras e a comer hamburgers e cappucinos a noite toda. A cidade nunca dorme porque tem de se pagar a si própria é um eterno retorno esquizofrénico capitalista. A fotocópia original de um modelo disseminado pelo hemisfério norte, mal e porcamente copiado. Porque aqui as fronteiras não são espaços físicos, são sentidos impostos externamente, é passar da osmose para o foreign body. Tudo uma questão de diluição nas vizinhanças em que nos encontramos. Basta saltar umas estações e já somos um metro quadrado de espaço [ocupado] no passeio.
Depois de partilhar um espaço perfeito e um espaço prostituto. A diferença entre o Met e o Gugg é mesmo essa, volumetrias á parte. Há apenas um sentimento associado ao Gugg que é a perfeição. Avançando pelo espaço apenas, sente-se a força de um sentimento total que envolve o corpo e o espírito. No Met pelo contrário avança-se por um excesso de novo dinheiro, de novo riquismo, de procura [da construção] de um passado que não existe. A acumulação de coisas vais ser o ponto de partida numa construção de uma imagem de uma nova Europa no novo Mundo.
Etiquetas: pipo
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