pipo69

Um blogue que acompanha um novo percurso múltiplo de diversas dimensões anónimo, indolor, incolor

quarta-feira, outubro 31, 2007

Sem Páginas #50

Título – Stilwell and the American Experience in China 1911-1945
Autor – Barbara Tuchman
Edição – Phoenix Press – 2001

Já passei pelo primeiro Nobel e agora pelo primeiro Pulitzer. Um livro equilibrado no sentido que devem ser os livros de história. Um sentido não de um inevitabilidade mas sim a noção de que o Homem vive o presente. Um presente que é um ontem e um amanhã. Em que o suspiro que sustenta uma inspiração mantém a razão de sermos hoje como amanhã indispensáveis. A grande questão prende-se claramente na escala em que intervimos. Neste caso percepciona-se que o Vinegar Joe se movimentava numa escala que teve tanta importância no futuro da escala política, que o sucesso da sua missão junto de CKS (que na minha leitura do livro nunca foi realmente possível) poderia ter realmente alterado toda a segunda metade do século XX. E depois de praguejar mais uns comentários azedos percebeu que se a China é o Reino do Meio é realmente por ao longo de milhares de anos agudizarem todas as ferramentas que lhes permitem controlar sem ser controlados e dominar parecendo que são dominados. E não é preciso os têxteis para o grande medo amarelo. Basta pensar na Marinha Azul que vem aí.

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Musica do Dia

Paragraph President – Blackalicious – Blazing Arrow - 2002

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Sete centos

Cada vez mais espaçado no tempo mas mantendo um serviço mínimo.

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Parelhas Mortais

Death of a Salesman - Arthur Miller - 1949
Death of a President - Gabriel Range - 2006

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Sem Páginas #49

Título – The Observer Book of Rock & Pop
Autor – Carl Wilkinson (ed.)
Edição – The Observer – 2007

A sistematização da realidade tem sempre um efeito perverso. Especialmente se estamos a falar de música. Reduzir a evolução do Pop e do Rock a umas linhas imaginativas entre Elvis, Cash saltar para o Dylan acústico e depois eléctrico, passar para o Hendrix a meter ácidos passar para o CBGB punk e para a Hacienda pré-pós-eletrónica passar para o E e começar a brincar com pratos. Depois pegar na música negra e fazer saltos parecidos, juntar tudo numas linhas sobre electrónica e perceber que no fim a música não é só umas linhas de trivialidades. Porque apesar de tudo ainda tem de haver uma instância de sonho, uma instância de loucura que permite a alguém escrever aquele refrão, descobrir aquele acorde, ter aquela atitude em palco que nos salva a vida por mais um dia.

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Panquecas

Claramente fez todo o sentido. Quando já nada consegue alterar uma rotina mental. Quando a fronteira entre a sanidade e a locura se torna demasiado difusa. Apenas me resta emergir do túnel do metro, olhar para a noite que se instala e esperar que chovam panquecas.
Porque um dia, mais cedo ou mais tarde acabam por chover.
Fica-se á espera que tudo passe, que a tempestade tenha um fim e vai-se andando para casa, sabendo que perto de altos prédios, mais um perigo nos espreita.

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domingo, outubro 28, 2007

Musica do Dia

Under the Sun – Dilated Peoples - The Alchemist Presents... Heavy Surveillance – 2003

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21

Each player's goal is to beat the dealer by having the higher, unbusted hand. Note that if the player busts he loses, even if the dealer also busts.
in Wikipedia.org
Mas afinal quem é a casa, agora que os Blackjacks voltaram a passear no Atlântico. Porque ainda não se percebeu quem vai passar primeiro o 21.

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sábado, outubro 27, 2007

Musica do Dia

Shaolim Worldwide - Wu-Tang Clan - The Legend of the Wu-Tang Clan - 2004

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Sem Páginas #48

Título - Death of the Scharnhorst
Autor - John Winton
Edição - Cassel - 2001

Porque no meio das pequenas inevitabilidades encontra-se o fio da História. Aquele ponto em que Homens morrem e Homens vivem. Porque o mito alimenta-se daqueles que ficam no campo de batalha. Quer ele seja um cume montanhoso intransponível, uma planície torrada pelo sol, uma estepe gelada pelo vento ou o escuro fundo do mar. E a morte mais romântica é sem dúvida no Mar. As testemunhas encontram-se debaixo de toda a luz e apenas se pode tentar penetrar naquelas trevas que os rodeiam se compreendermos a inevitabilidade. Daqueles Homens se encontrarem ali, de terem embarcado prontos para encontrar o seu fim numa qualquer referência de uma carta do alto mar. E então deixam de existir, não existem romarias, não existem festas, apenas uma memória dos que lá ficaram gravada nos que de lá voltaram para contar.

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Praias II

Numa época em que as coincidências se formulam de maneiras cada vez mais irónicas, só faltava esta. A única coisa boa foi perceber que é um género que funciona. Despido de conteúdo, ficou a análise a uma forma-fórmula que se encontrava em fermentação. Sem génios, sem novidades, apenas a certeza de que algures se encontra a minha praia. Relativizado o conhecimento interior, verifica-se quem nas terras dos cegos finge ter um olho e vence. No fundo a constatação do que realmente interessa. Uma pequena paz interior. Depois dos últimos raios de sol, depois do último banho de mar. O que fica?

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Sem Páginas #47

Título - O Último Távora
Autor - José Norton
Edição - Livros d'Hoje - 2007

A aceitação de outras leituras. O livre-arbitrio ou o génio individual, a construção de um caminho paralelo, a beleza de aceitar outras visões. Porque não existem cristalizações eternas. Apenas pequenos castelos de areia que o tempo, a vida e intempéries várias vão nivelando ao nível do chão. Do pó a que retornamos apesar das glórias que podemos viver. Perdidos na neve, encontrados na inocência presumida de que os homens não falham mas apenas se enganam está uma narrativa que se esconde do seu objecto. Nunca seremos mais do que a guerra entre os nossos dois génios, sendo o quotidiano o fog-of-war que nos leva a perder o norte e a encarar como amigos os inimigos. Apenas a prova de que posso arriscar que os meus instintos que me conduziram ali são os correctos. Que se calhar as minhas linhas estavam já para se cruzar com ele, numa qualquer sala poeirenta de um arquivo ou então numa valeta russa pejada de cadáveres.

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quinta-feira, outubro 25, 2007

Parelhas de Vida

Better Living Through Chemistry - Fatboy Slim - 1996
- R - Queens of the Stone Age - 2000

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Praia

O que é a praia. A paz, a caminhada final a que se chega depois de nadar por largas milhas. Ou então não há praia, não há chegada nem partida, apenas porque vamos avançando e os escolhos vão aparecendo. Não há vida sem dificuldades, erros sem castigo e mesmo assim vamos nos safando.

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domingo, outubro 21, 2007

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Musica do Dia

Os Meus - Valete - Serviço Público - 2007

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segunda-feira, outubro 08, 2007

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Musica do Dia

Treehouse - Let Me Introduce My Friends - I'm from Barcelona - 2006

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sábado, outubro 06, 2007

Pax Omnium Rerum Tranquillitas Ordinis

Não sei onde, encontrar o que falta. Na paz, na ordem ou na certeza de um eterno movimento que sempre me tire o sono. Será na incompreensão do que não sei ouvir ou na incompreensão dos outros a falar. Não há causas e efeitos, culpas e castigos, o binómio acção-reacção ou causa-efeito como a suprema desculpa. Nas zonas cinzentas não há bifurcações, não há escolhas apenas o dia-a-dia e uma cronologia que passa e nos leva para um sítio apenas. O infinito do Tempo.

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