pipo69

Um blogue que acompanha um novo percurso múltiplo de diversas dimensões anónimo, indolor, incolor

quarta-feira, maio 31, 2006

Sem Páginas #24

Titulo - Life & Times of Michael K
Autor - J. M. Coetzee
Edição - Vintage - 2004

Este é daqueles livros que pode marcar uma existência, a clareza da escrita é tangente, tangencial à alma dos homens. Porque somos apenas isso homens. Uma massa de atómos com um motor muito pequeno, invisível mesmo, mas que toca os outros de um modo total. É na fronteira da existência e da dor do outro que nos sentamos junto do lago e vemos o moinho a girar por cima. Sentimos o tremor da terra que provocamos ao chamar a água do fundo do poço, mas nunca conseguimos encher a açude que nos podia alimentar. Morremos de fome, alguns felizes outros não, mas todos acabamos por morrer. "Between this reason and the truth that he would never announce himself, however, lay a gap wider than the distance separating him from the firelight. Always, when he tried to explain himself to himself, there remained a gap, a hole, a darkness before which his understanding baulked, into wich it was useless to pour words. The words were eaten up, the gap remained. His was always a story with a hole in it: a wrong story, always wrong."

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terça-feira, maio 30, 2006

Musica do Dia

Swing Set - Jurassic 5 - Quality Control - 2000

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sábado, maio 27, 2006

Blood Lines

Sangue - Sam The Kid - Sobretudo - 2002
Jurass Finish First - Jurassic 5 - Quality Control - 2000

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Sunset

Não percebo as pessoas que se queixam da rotina. Faço o mesmo percurso à sensivelmente 8 meses e devido ás horas que compoêm o meu horário vou evoluindo. Não posso considerar que a minha rotina seja degradante, antes pelo contrário é extremamente orgânica. Vou evoluindo pelas estações como um passarinho ou um arbustro. Vejo sempre os mesmos locais sempre com cores diferentes, não vejo o nascer do dia mas sim o seu fim. Atravessar a ponte ás 20.45 e ver o sunset por detrás do monte de Sintra é realmente um previlégio. Paga-se caro, que o passe já aumentou três vezes desde que sou cliente da fertagus mas compensa. Sentir o calor nos olhos, apenas interrompido pelo gradeamento vermelho da ponte, isto tudo depois de claustrofobicamente percorrer o túnel do pragal. Mal consigo esperar pelo dia seguinte, especialmente se for domingo.

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sexta-feira, maio 26, 2006

Recibos Verdes

"Because from a gang from Jakkaalsdrif a farmer get's a day's work blood cheap, and at the end of the day the truck fetches them and they are gone and he doesn't have to worry about them or their families, they can starve, they can be cold, he knows nothing, it's none of his business."
J. M. Coetzee, Life & Times of Michael K, p. 82.

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quinta-feira, maio 25, 2006

Musica do Dia

The Booklovers - Divine Comedy - Promenade - 1994

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Cyanide and Happiness, a daily webcomic
Cyanide & Happiness @ Explosm.net

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quarta-feira, maio 24, 2006

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Sem Concerto #5

Artista - Mind da Gap; Orishas
Local - Queima de Évora
Data - 20 de Maio de 2006

Mais um aniversário, mais um concerto de Mind da Gap. Foi interessante ver as diferenças entre os dois concertos. Com um concerto mais dificil, com as músicas mais conhecidas um pouco escondidas. Pena tiveram as pitas dos morangos que queriam ouvir a dos diamantes. Mas não, foi mesmo old school. Kind of. E a seguir a desmistificação dos Orishas. Pensava que eram qualquer coisa diferente, mas não apenas uma banda de salsa. Ou isso ou enganaram-se no casting e embarcaram uns gajos que não têm nada a haver com a história. Mas como não ouvi noticia nenhuma sobre um grupo de cubanos a pediram asilo como aquelas equipas africanas nos mundiais de juniores, acho que me enganei e eram mesmo eles.

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Sem Páginas #23

Titulo - What If?
Autor - Vários Autores
Edição - Pan - 2001

E Se. Ou o facto de as coisas serem como são e não se poderem dar a volta. As cartas com que jogamos são aquelas que nos foram legadas e à primeira vista parece que não vale a pena o esforço da elaboração teórica. Mas quando se percebe que as elaborações não passam de dimensões novas mas são sim realidades paralelas a história é outra. Porque começa a apetecer pensar nas coisas assim, um Portugal sem os Filipes, uma invasão francesa duradoura, um Salazar ainda mais uns aninhos, e&, e&. Ou como diz o outro; E se a minha avó tivesse rodas era um camião.

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sábado, maio 20, 2006

Renaissance

Happy the man, and happy he alone who in all honesty can call today his own;
He who has life and strength enough to say 'Yesterday's dead & gone - I want to live today'

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sexta-feira, maio 19, 2006

The Sound of Days

You are 24 going on 25 / Baby, it's time to think / Better beware, be canny and careful / Baby, you're on the brink.

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Musica do Dia

Birthday - The Sugarcubes - Life's Too Good - 1988

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quinta-feira, maio 18, 2006

Musica do Dia

Blister in the Sun - Violent Femmes - Violent Femmes - 1982

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quarta-feira, maio 17, 2006

Sem Páginas #22

Titulo - Blues pour un chat noir et autres nouvelles
Autor - Boris Vian
Edição - Le Livre de Poche - 2005

Para além do grande terror vermelho do pós-guerra, ficou e foi sempre presença nos solos europeus outra grande invasão. O terror americano, para uma grande parte da cultura europeia. Esse medo nasceu principalmente da confrontação das elites europeias com as massas americanas (vulgos GI's). Porque a terra dos bravos e livres, do jazz, das vanguardas era também a terra do racismo, da ignorância para além do umbigo e de um paternalismo que não se coadunava com o Silêncio de Deus. Com a destruição total de todo o esforço intelectual de multiplas gerações. E é perante esse silêncio que os europeus procuram outra luz, outra ideia que substitua a que foi assassinada. Sonham com uma realidade ideal e descobrem-lhe os podres, fazem saltar o verniz dos vanguardismos americanos e lembram-se que as suas ideias também eram apenas ideias. Qualquer homem pode matar uma ideia. Infelizmente.

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terça-feira, maio 16, 2006

Binómio da Triangulação

Os dois últimos trabalhos de Terrence Malick são problemáticos. Entram naquela categoria que ultrapassa a descrição intelectual e perturba os sentidos. Se por um lado existe sempre um triângulo: Homem/Mulher-Natureza-Guerra; essa triangulação desaparece, ofusca-se na narrativa. Numa visão simplista a estória vai-se desenvolvendo sempre no confronto simples Homem-Natureza; Homem-Guerra; Guerra-Natureza mas como o todo não é nunca a soma das partes o filme abre-se num outro significado. O valor primordial como categoria filosófica, a realidade do Sentir sobreposta às elaborações simplistas. O Homem perdido em si, na natureza e na guerra. E se é o homem que cria (ou contém dentro de si) o "dom" da guerra como primeira evolução da sua "natureza"; a regressão necessária a esse estado primordial realiza-se no seio da Natureza, não no Horror que esse pode ser esquecido. Essa sim com poder infinito (dualísta) de aniquilar e de sublimar esse mesmo homem. Deus vestido de luz, sem mediações manhosas.

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sábado, maio 13, 2006

80 em 80

Mais um sacríficio. Mais uns cd's para ver se a colecção se começa a arrumar. Para a semana a vingança.

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69 - The highest numbered channel on the UHF analog television broadcast spectrum, after the spectrum previously assigned to channels 70-83 was reallocated for use by cellular phone services.
retirada a utíl informação do wikipedia.org

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Thulium is a Chemical element that has the symbol Tm and Atomic number 69 in the Periodic table. A "Lanthanide" element, thulium is the least abundant of the Rare earth and its Metal is easy to work, has a bright silvery-gray luster and can be cut by a knife. It also has some Corrosion resistance in dry air and good Ductility. Naturally occurring thulium is made entirely of the Stable isotope Tm-169.
de novo no wikipedia.org

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Sticky Bomb

The British No. 69 was an offensive (as opposed to defensive) grenade developed and used during World War II. It was adopted into service due to the need for a grenade with smaller destructive radius than the No. 36M "Mills bomb". This allowed the thrower to use a grenade even when there was little in the way of defensive cover. In contrast, the much greater destructive radius of the Mills bomb than its throwable range forced users to choose their throwing point carefully, in order to ensure that they would not be wounded by their own grenade.
retirado da wikipedia.org

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Sem Páginas #21

Titulo - A History of Warfare
Autor - John Keegan
Edição - Pimlico - 1993

Uma biblia. Aquele livro que pode revolucionar o pensamento de quem já se preocupa com certo e determinado tipo de problemas e abrir janelas a quem nem sequer sabe a quantidade de vezes que a Europa já foi invadida por Leste. Porque é muito bonito perceber como se desenrola o presente mas mais importante é saber que continuamos presos por linhas invisiveis aos nossos antepassados. Não no sentido mitológico da expressão antepassados, mas sim na realidade, quem nos fez, quem fomos e com que linhas se coseu o seu quotidiano. Porque os exércitos são formados (felizmente) por uma minoria mas representam um micro-cosmos total dessa mesma realidade social. E o limiar para uma sociedade é ter 10% da sua população em armas. Se calhar é por isso que nunca saímos da cepa torta como país. E no entanto já estivemos tantas vezes quase lá.

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Musica do Dia

The Pop Singer's Fear of the Pollen Count - Liberation - The Divine Comedy - 1993

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sexta-feira, maio 12, 2006

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Memórias de Guerra

"... one will at last fully recognise that the dead are not only dead for the duration of the war." O problema nunca foi começar mas conseguir colocar um travão. Porque no ínicio é tudo muito bonito mas a mortificação das carnes consegue sempre novos limites. E o mal não é dos que morrem, que esses já ninguém os chateia. O problema é dos que ficam com a recordação daqueles que partiram. Instala-se a náusea.

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quinta-feira, maio 11, 2006

Female Wisdom

Carrie: (on starting an all-male brothel industry) We should open one in every block, like Starbucks!
Samantha: Starfucks!
LOL. Hoje não dá para mais.

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quarta-feira, maio 10, 2006

Une hirondelle ne fait pas le printemps

Mas uma rinite alérgica crónica consegue estragar os primeiros raios de Sol verdadeiro do ano e deitam a baixo a vontade de saltar para a praia.

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terça-feira, maio 09, 2006

61 a 70

Aconteceu. Devido a dificuldades técnicas não ficou assinalado a seu tempo. Fica agora que os sacrificios valem apenas pelo prazer que se consegue disfrutar depois. Porque enquanto dura, custa sempre. Maldita herança judaico-cristã da expiação do pecado e da culpa. E viva as assistências técnicas dos ISP's portugueses. Não é preciso berrar, apenas ser persuasivo e fazer umas ameaças veladas na base de uns pedidos de compensação por quebra de contracto. Um bocadinho de cinema americano para passar a tarde.

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sábado, maio 06, 2006

Raison d'Être

Durante uns dias perdi a raison d'être. Eu não, apesar da aterragem ter sido acidentada neste jardim à beira mar plantado. O espaço que me abriga na labuta. E a partir daí este blogue também. Será que sobrevive a crises como a falta de largura de banda? Desta vez foram 3 dias. E será que a vontade se irá manter. Pelos vistos sim. Mas isto foi apenas um pequeno ataque cardíaco. Não um estado de coma irreversível. Para onde me levam os ventos da fortuna. Ou não.

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Musica do Dia

What's Golden - Power in Numbers - Jurassic 5 - 2002

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Sem Páginas #20

Titulo - Jutland - The German Perspective
Autor - V. E. Tarrant
Edição - Cassel - 2001

Porque vale a pena ler um livro que se propõe apresentar uma diferente prespectiva. Que consegue fazer isso mas só mais ou menos. Porque o conjunto de dados parcelares é demasiado evidente e a própria história oficial alemã, a unica verdadeira nova fonte nova, demasiado parcelar. O que leva à million dollar question. Existe história para além da mera perspectiva, da visão parcelar e redutora. Começando no índividuo e evoluindo para as realidades culturais, civilizacionais. Porque importante era perceber a lógica por detrás dos nomes dos navios alemães (basicamente a primeira frota a sério que tiveram, mas depois também eram uma realidade nacional com 40 anos por isso...) e comparar com os nomes dos ingleses, alguns deles nomes usados desde à centenas de anos. Comparar as carreiras dos oficiais superiores e os curriculos das escolas navais, perceber a cultural gap que existiu entre um império que usa o exército para se projectar em terra e outro que ocupando o continente se procurava projectar no mar. Razão tinha os gregos quando perceberam que é muito bonito um grande Exército mas sem Marinha não há Projecção de Forças a sério. Nem objectivo estratégico que resista na posteridade. Por isso o medo dos Americanos que os Chineses desenvolvam uma Marinha a sério; i.é. Oceânica ou no termo técnico muito pitoresco "blue waters navy".

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quarta-feira, maio 03, 2006

Musica do Dia

A Thousand Miles - Vanessa Carlton - Be Not Nobody - 2002

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Regresso

Umas boas milhas. Umas boas cervejas. Novos paladares. Natureza indomável e perpétua. Uma imensa felicidade. Uma nova esperança para daqui a 3 meses. Uma nova força para daqui a 5 meses. Esperemos que corra tudo bem.

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