pipo69

Um blogue que acompanha um novo percurso múltiplo de diversas dimensões anónimo, indolor, incolor

sexta-feira, abril 21, 2006

Partida

De partida. Para festejar. Para viajar. Para umas férias merecidas. Antes de se voltar à realidade. Porque quem não ganha o euro-milhões tem de ser assim. Acção-Reacção.

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quinta-feira, abril 20, 2006

Musica do Dia

Dia Mau - Ornatos Violeta - O Monstr0 Precisa de Amigos - 1999

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Limbo

O limbo deixou de existir. Em termos canónicos pelo menos. Porque esta semana tem sido um. Fim de semana prolongado, quatro dias de trabalho e férias. A sério e verdadeiras. Então estes dias não têm sido. Ou se calhar têm. Mas atípicos. Mais coisas para fazer do que o normal e uma semana completamente de pantanas. E ainda falta acabar um seminário. Mais ou menos. A expectativa é demasiado grande e o tempo parece que caminha com uma passada maior. Mais grande que vai comendo os meus dias. Céu e Inferno. Noite e Dia. Comboio e Metro. O que será o meio termo? Não a harmonia mas o meio termo. Preciso de um meio termo ou pelo menos um mínimo denominador comum.

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quarta-feira, abril 19, 2006

I am nerdier than 38% of all people. Are you nerdier? Click here to find out!

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terça-feira, abril 18, 2006

Banho de Mar

Foi mágico. Um fim de semana em que correu tudo bem. O álcool fluiu continuamente, os laços tornaram-se mais fortes e as memórias ficaram gravadas. Ao pé disso a entrega envergonhada do campeonato na reboleira não é nada. Mas custou muito a passar; um six-pack de boémia. Porque é destes momentos que somos feitos. De saltar para dentro de água a meio de Abril e tomar o primeiro banho do ano. De comer, dormir, beber, dizer barracadas e acabar em Lisboa de volta á vida real. E acabar tudo com um abraço.

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Sem Concerto #4

Artista - Mind da Gap; Boss AC; Bob Sinclair; Erick Morillo & P. Diddy
Local - FIL
Data - 13 de Abril de 2006


Ficou os junior para trás. Seguiram-se os grandes MDG, com uma mestria na condução do público excepcional. Introduzindo temas do novo álbum conseguiram tocar aquelas que toda a gente sabe. Puro e duro como se queria. Depois veio a desilução. Querer fazer tudo ao mesmo tempo normalmente leva a que fique qualquer coisa para trás. E foi essa a sensação com o Boss. Quem o conheceu e quem o viu, naquela mistura melódica lamechas, aquela pose que não cabe bem ali. E um som pouco condizente com o aparato criado.
O set's nem foram nada de especial, algumas novidades mas muita coisa a fazer lembrar os cd's da radio cidade (quando ainda eram aqueles brasileiros a berrar bacorradas). De vez em quando lá saía uma batida de jeito. Mas o pior foi mesmo a forçada ligação entre o Morillo e P. Diddy. Aquilo não avançava para lado nenhum. Nem concerto, porque não se ouvia a voz dele; nem Set porque quem mandava era o "vocalista". Que saudades dos Underworld no Sudoeste a rebentar o "Born Slippy" ao vivo. Valeu o passe VIP e estar no meio do pessoal de plásti[co/ca] saído directamente dos morangos. Experiência hilariante de observação social tipo National Geographic.

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quarta-feira, abril 12, 2006

Deixando cair

... a cruz e o homem. Fica apenas a paixão que ele tinha.
Paz à sua alma. E a todas os homens que sofrem de paixão.
Carreguem ou não a sua cruz.

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Sem Páginas #19

Titulo - Couves & Alforrecas
Autor - João Pedro George
Edição - objecto cardíaco - 2006

Até compreendo que haja pessoas que precisam de ganhar protagonismo. Que sejam contra o establishment mas que na realidade queiram apenas que se saiba quem são. Mas "i don't care" e realmente como exercício de estudo podia ser um bocado mais desenvolvido. E o posfácio laudatório ao pequenino eu é absolutamente hilariante, ou será um exercício de escrita light com os seus lugares comuns. É que as simples enumerações não querem dizer nada. Por exemplo eu usei a letra A muitas vezes; será plágio, será falta de ideias, de estrutura narrativa ou simplesmente pelo facto da letra existir. É que a crítica sem percepção do real nunca funciona. E para quem escreveu uma tese que pretende enquadrar uma realidade social (os críticos literários em Portugal nas últimas décadas do século passado) devia perceber que as estruturas são condicionantes do desenvolvimento. Não só do PIB e da produtividade mas também das realidades (mais ou menos profundas) da cultura portuguesa. Ou então não fez o trabalho de casa todo, não lhe deve ter sobrado tempo nenhum depois de ler os 8 livros de MRP. Pelo menos assim já não a leio. Obrigado.

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terça-feira, abril 11, 2006

Self preservation keeps the crowd alive

Porque apesar de tudo consigo perceber a substituição que o Paulo Bento fez. Não compreendo é como o Sporting consegue chegar à 30.ª Jornada em segundo lugar sem um verdadeiro número 10. E não vale a pena mascarar essa realidade, temos excelentes alas e bons atacantes, mas falta o pé mágico para fazer aquele passe de morte para os meninos da frente. Porque foi o Mata-Mata mas ainda faltam 12 pontos e a esperança sendo verde é a última a morrer. Porque a dignidade não se compra e o futebol ainda nos consegue surpreender pela positiva.

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Musica do Dia

Strugglin' - Tricky - Maxinquaye - 1995

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sábado, abril 08, 2006

Jogo do Título

Lá vou eu de partida para mais um jogo decisivo. De partida para um renovado conjunto de ataques de pânico, ansiedade e finalmente cardíacos. Para celebrar a época da Páscoa que se aproxima não vamos ter um B. Paixão a "roubar com o apito" mas gostava mesmo assim de ver uns senhores pendurados como o Jesus para ver se aprendem a não brincar com os sentimentos do povão que ama o jogo. Já estou um bocado farto de teatros em que a tragédia acaba sempre por pender para o mesmo lado.

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sexta-feira, abril 07, 2006

Sem Páginas #18

Titulo - The Great Escapers
Autor - Tim Carroll
Edição - Mainstream Publishing - 2004

O Darwinismo enuncia que a sobrevivência apenas está reservada aos mais capazes. O darwinismo como paradigma científico deu azo à evolução das teorias eugenistas. Aplicadas pela maior parte dos regimes existentes nas décadas de 20 e 30. "Toda" a gente pensava que era melhor do que o vizinho, mas possivelmente sem serem os islandeses ninguém neste planeta é lá muito purinho de sangue. Obviamente que as generalizações são sempre grosseiras mas a diferença qualitativa criada entre os pilotos ingleses e os guardas alemães é demasiado ridicula. Os pilotos podiam tentar fugir, podiam destruir os (parcos) materiais que lhes tinham sido entregues durante o cativeiro, podiam esperar poder circular por um país contra o qual estavam em guerra e os alemães não podiam fazer nada. Podiam quebrar artigos da Convenção de Genebra, mas só quando lhes dava jeito. Podiam considerar-se uma casta à parte e pensar apenas no seu sofrimento. Mas esqueceram-se que podiam acabar também por morrer. Porque as guerras nunca são momentos em que o melhor lado dos seres humanos emerge. E esta regra aplica-se aos dois lados das trincheiras. E o vencedor esquece-se sempre disso.

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três centos

Mais um número redondo. Mais um dia em que o corpo passou pela máquina da rotina. Em que o mar das ideias é a unica salvação ao mecanicismo trucidante. Mais 24 horas somadas a outras tantas 24 horas. E sinto-me a parar, o movimento está lá mas o atrito é uma força demasiado irresistivel. Ou então não. E tenho que parar de ser queixinhas.

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Musica do Dia

Negative Creep - Nirvana - Bleach - 1989

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quinta-feira, abril 06, 2006

Sem Páginas #17

Titulo - A Academia Real da História
Autor - Isabel Ferreira da Mota
Edição - Minerva - 2003

A última das teses obrigatórias. Foi ambivalente, por um lado muito bem construida e fácil de ler por outro, começo a suspeitar que ainda poderei dizer qualquer coisa de diferente. Foi bom conseguir pensar e sustentar essas ideias contra o que estava escrito. Começar a lembrar que uma especialização é isso mesmo, perceber minimamente de um assunto mas estar disposto a aceitar outros pontos de vida. Porque os dados são os mesmos o que muda são só os olhos que olham para o passado. Porque sempre que olhamos para trás vemos novas luzes que iluminam a nossa memória.

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quarta-feira, abril 05, 2006

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terça-feira, abril 04, 2006

Parelhas Musicais

American Pie - Don Maclean- American Pie - 1971
- Madonna - The Next Best Thing Soundtrack - 2000

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sábado, abril 01, 2006

60 em 60

Às vezes apetecia que a vida fosse como as letras do Tim. Simples, directas e cheia de significado. Esse sentimento existe apenas quando a capacidade do autor em conseguir criar empatia (naquele sentido tipo Petit Prince) com os ouvintes. E sem sombra de dúvida o Tim ocupa para o comum dos mortais esse papel.
Negras como a Noite - Sei onde Tu Estás - Os Xutos ao vivo são uma coisa completamente alucinante. Ao fim destes anos todos torna-se dificil encontrar uma única pessoa que não consiga (descontando os bêbados e mesmo esses...) cantar um refrão em plenos pulmões. Porque sim.

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O choque de perceber que em 82 tocavam daquela maneira fez-me automaticamente perceber o quão grande eles são. Apesar de nem tudo serem grandes músicas encontra-se nesta gravação de 1982 tudo o que os fez grandes. Inclusivamente o modo como as cassetes perdidas só passado uns bons anos voltam a aparecer à superficie. Para além de tudo existe um confronto óbvio entre duas dimensões; a melodia certeira de certas músicas e a raiva punk-rock que sempre os acompanhou.
A Minha Aventura Homosexual com o General Custer - 1.º de Agosto no RRV - Porque a boa música é como o dinheiro não tem cheiro nem cor. Uma das faixas mais surpreendentes que já tive o previlégio de ouvir.

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Pouco antes de gajos de óculos escuros descobrirem a *F* word e no ano da Europália e do "Ena Pá 2000" com o CCB em pano de fundo, já se sabia que isto ia dar barraca. Primeiro a culpa era do Cavaco e da política de betoneira e auto-estradas mas entretanto passaram-se 14 anos. Continuamos subsidio-dependentes (se estou a trabalhar por alguma razão é) e os anéis continuam a perder brilho. Só apetece gritar "Agarra-me aqui com a mão ". FDP.
Estupidez - Dizer não de vez - "Eu até era um homem honesto / Nunca fiz nada funesto / Pedi à Europa para me apoiar /E agora a minha sina é roubar". Curto e duro.

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Nada é como parece ser, foi com esta música que percebi que os Xutos não eram apenas aquela imagem "romântica" dos quatro da vida airada. Havia outras pessoas, outros contributos igualmente importantes. O saxofone do Gui foi uma importante descoberta. Acima de tudo desmistificar aquela quimera da banda perfeita, imutável e eterna. Mas assim ainda mais valor têm, mais completos e mais se aproximam do conceito verdadeiro de uma Banda.
Torres da Cinciberlândia - 88 - A mistura non-sense de mitologia cristológica com as quimeras sebastianistas mata-me a alma.

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Porque há fins de semana que ficam na história, nem que seja pela monumental bebedeira e coma alcoólico que se seguiu. Porque é um lugar comum mas os rituais de passagem vão-se alterando mas nunca passam de moda. A inconsciência alcoólica, o coma etílico no Avante seguidos de um memorável concerto de Xutos. Sem nada no estômago e ainda muito álcool no sangue seguiram-se duas horas de adrenalina pura.
Jogo do Empurra - Vida Malvada - Porque paradoxalmente o mosh foi espetacular e cordial, sempre que alguém ia ao chão havia uma mão para ajudar. Só num concerto de Xutos.

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Porque receber o ordenado já é raro. Porque receber o ordenado dia 31 é ilegal. Porque receber o ordenado dia 31 depois da hora do almoço é sadismo. Porque se pudessem tinha pago o ordenado dia 31 de Fevereiro.
Dia de S. Receber - Dizer não de vez - Porque a precaridade é uma realidade. Porque o miserabilismo é triste mas a pobreza franciscana ainda é mais.

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As colónias de férias e as cantorias em volta das fogueiras. Não conseguir tocar e cantar muito mal. A inadaptação social a aprofundar-se, mas a vingança de conseguir fazer outras coisas. Os equilibrios básicos das relações inter-pares. Ou como os putos conseguem ser mauzinhos, sofrer e apesar de tudo divertirem-se. Como a compartimentação daquelas quinzenas definia realidades estanques em que éramos obrigados a tudo sentir: surpresa, saudades de casa, repulsa dos outros, adequação, integração e saudades daquelas novas pessoas. Duas vezes por ano, 15 mais 15 dias, 10 mais 10 novos companheiros. Rostos que se misturaram.
Homem do Leme - Cerco - Porque mesmo tentando que fosse sempre uma experiência nova normalmente acabávamos sempre a cantar as mesmas canções. E nunca fui bom a decorar as letras.

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o regresso do tó da South Africa e um cd na mala. CD duplo de Xutos em promoção numa qualquer loja de pretória ou joanesburgo. Uma das primeiras cópias e a re-descoberta consciente do que foram os xutos num passado que não era o meu. Mas passou a ser, a noção do que era a sua história, as pequenas notas do livrinho. O Kalu a contar no Herman como tinha concebido o último rebento num armário em casa do Tim no Carnaval. Porque não voltou a ser nada como era. Porque a vida é mesmo assim.
O que foi não volta a ser - Vida Malvada - Porque simplesmente há passos que se dão que são mesmo importantes e definitivos. Apesar de custar pensar neles assim imutáveis.

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Um concerto no Coliseu e uma conclusão simples, toda a gente gosta de Xutos. Cool Hipnoise e Moonspell nunca poderiam ficar bem juntos. Principalmente quando os góticos vão ás casas de banho buscar os rolos de papel higiénico para atirá-lo para o palco, encharcados, talvez a tentar provocar um curto-circuito. Mas não, a harmonia chega com os Xutos, mediadores de uma paz musical. E com uns moches tudo se resolve. Todo contente a deslizar pelo contraplacado nas recém-compradas botas da tropa.
Dá um mergulho - Dados Viciados - Porque naquela altura era apenas isso, o mergulho, saltar e entrar no moshe das coisas que começavam realmente a acontecer.

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Xutos & Pontapés, hoje apenas isso. E a feliz conclusão que 10 post's não chegam para conseguir englobar tudo o que são os Xutos. Pressuposto base, os Xutos são a única banda portuguesa digna desse qualificativo. Ao longo da carreira foram o único grupo que ganhou uma dimensão multi-geracional verdadeiramente grande. Mesmo nos pontos mais baixos da carreira conseguem produzir duas, três músicas realmente boas. Por isso é tão dificil escolher 10. Porque foram muito mais as canções que fazem parte de mim.
Casinha - 88 - A primeira música cantada pela turma toda no páteo da primária, como eu milhares de jovens. Cimento geracional no seu melhor.

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