pipo69

Um blogue que acompanha um novo percurso múltiplo de diversas dimensões anónimo, indolor, incolor

terça-feira, agosto 28, 2007

Musica do Dia

Mother Dear - The Divine Comedy - Victory for the Comic Muse - 2006

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Encarnação

Porque o verbo mesmo quando se torna carne demora 9 meses. Nove meses, 3 vezes 3 meses no qual se multiplica uma qualquer vontade, uma aspiração a tornar de 1 mais 1 uma triangulação que nunca mais se repetirá. Ou então fica para um dia anterior.

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domingo, agosto 26, 2007

Musica do Dia

Nursery Rhyme/Breather - UNKLE feat. Badly Drawn Boy - Psyence Fiction - 1998

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Parelhas de Iluminação

Pipo 69 - Agosto 2007
Earl Hickey - My name is Earl
Homer Simpson - The Simpsons Movie

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Epifania

Depois de milhares de homens, centenas de profetas e alguns iluminados, também a mim me deu uma epifania. Mas a melhor parte é a compreensão de que o reconhecimento é apenas meio caminho andado. Depois é que vêm as acções. O movimento que nos leva do ponto A ao B. Um pouco como os concertos do Nusrat, primeiro o silêncio. Depois o ritmo de fundo e finalmente a voz. Todos os elementos juntos e finalmente a concretização daquela força primordial.

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quarta-feira, agosto 15, 2007

Musica do Dia

Ils Etaient Une Fois - X Raisons - Saian Supa Crew - 2001

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Sem Páginas #46

Título - Compreender Kant
Autor - Olivier Dekens
Edição - Porto Editora - 2003

Porque não somos matéria nem sonhos, somos uma sintese perfeita equilibrada de milhares de anos de conhecimento. Até se avançar para aquela terceira via que abre os olhos a quem quer ver. Em termos políticos a terceira via foi submergida pelo capitalismo globalizado na sua máxima força. Na filosofia bastou cerca de um século para a síntese perfeita ser esvaziada de sentido. Mas a sua perfeição reside fundamentalmente nessa capacidade de se definir como um meio e não como um fim, porque aceitar o carácter finito da realidade constitui o maior trunfo no combate.

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domingo, agosto 12, 2007

Invidia

O orgulho de ver o nome na caixa do correio. A inveja do que os outros possuem e o desejo de possuir tudo isso. Desde que a apatia não me impeça de lutar por aquilo que me faz o que sou. Esse intremédio entre desejo e concretização. Entretanto vou-me admirando com o reconhecimento alheio e saboreando essa rendição incondicional.

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Sem Concerto #13

Artista - Ojos de Brujo, I'm From Barcelona, Gilberto Gil, Damian Marley, Manu Chao; Outlandish, Data Rock, Cypress Hill; Sérgio Godinho, Sam The Kid, Koop; James, Yellowman
Local - Sudoeste 2007
Data - 2, 3, 4 e 5 de Agosto

Primeiro uma necessidade de não aterrar na realidade, uma fuga para um pó quente que era familiar. Depois a estranheza a agudizar aquele sentimento de afastamento. De laços cortados. Depois uma boa noite de sons novos, apesar das desiluções dos consagrados. Uma revelação, Sérgio Godinho num palco mais pequeno que a sua estatura e depois o delfim das palavras. Aquele que tem capacidade para se tornar o melhor cantautor em português do século presente. No último dia o queimar de cartuchos com uma daquelas obrigatórias e o trabalho a vir até mim. Finalmente o fim do sonho e o acordar para uma realidade, que se pretende nova e diferente. Agora regressos muito dificilmente, só mesmo por imperativos sentimentais.

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segunda-feira, agosto 06, 2007

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Sem Páginas #45

Título – A Child’s War, Growing Up on the Home Front 1939-45
Autor – Mike Brown
Edição – Sutton – 2004

Porque a infância marca a ferros, em todos os tempos em todas as crianças. Porque ironicamente este foi o último verão como criança, o último verão em que se quebraram laços. Os laços que ficam são aqueles mais perenes, os nascidos de algo muito forte. E finalmente não foi preciso nenhuma guerra, porque para nós crianças o importante não é o que nos rodeia, mas as pequenas coisas que não nos podem faltar. O mundo desmorona-se enquanto a criança brinca no jardim, porque os problemas surgem depois quando nos apercebemos do mundo de barro em que temos os pés assentes. E depois passamos o resto da vida a reconstruir peça a peça o grande puzzle da nossa infância perdida.

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2003-2007

Porque estes quatro anos fazem muita diferença. Aconteceu demasiada coisa para conseguir deixar passar as diferenças. Todo um conjunto de fantasmas assombrou a minha estadia em Paris. Demasiadas diferenças, demasiadas alterações para continuar a sentir-me em casa. Profanaram o meu mural, profanaram a minha cidade, já não me consigo perder com aquela inconsciência. Porque a nossa casa é onde nos sentimos bem, o que quer que isso seja como ideia. Ou como diz o poeta: Não sei por onde vou, Não sei para onde vou, Sei que não vou por aí (apesar de nem isso saber ao certo). Preso noutro momento específico em que se o vazio se instala, não me faltam ideias, falta um rumo, porque a única coisa que aprendi é que não existem erros definitivos, nem rumos finais e desde que sobreviva a nossa resiliência, podemos estar descansados. Entretanto e tal como em 2003, sentado no mesmo espaço, entre novos muros, procuro definir a vontade que me permitiu encetar este caminho, este plano quadrienal. O que vem aí nem com a melhor calendarização soviética alguém pode querer adivinhar o rumo.

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Sem Páginas #44

Título – As Prisões da Junqueira
Autor – D. João de Almeida Portugal
Edição – Frenesi - 2005

Porque saber sobreviver resulta de incontáveis capacidades. Principalmente da conjugação de duas, a de acreditar que se está certo e fazer os outros acreditar também. Não são importantes as culpas, presumidas, falsas ou justificadas. É o facto, a fixação no papel de uma estória que ganha outro estatuto, transforma-se numa história, faz parte da realidade comum. Apesar da nossa capacidade de verificar essas histórias ser basicamente nula. E então entra-se no jogo. Ou se acredita ou não, porque as verdades (quais queres que elas sejam) não têm falinhas mansas, e é mesmo essa a sua maior força e fraqueza.

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Sem Páginas #43

Título - Goya
Autor – Rose-Marie & Rainer Hagen
Edição – Taschen - 2005

Os mistérios insondáveis de uma vida lida através da obra. O problema nunca é do artista, que não tem culpa da nossa ignorância, da nossa incapacidade de os ler. É apenas nossa que presumimos com toda a nossa vontade e projectamos os nossos fantasmas. Dentro dos mistérios insondáveis da mente do indivíduo nunca poderemos adivinhar se a mediação de uma tela, de uma pauta, de uma página escrita amplia o seu génio ou se pelo contrário esconde ainda mais mundos. Porque os sonos da razão são assustadores assim como os sonhos, principalmente quando não se sabe quem está acordado, se nós se o artista. É na criação dessa dúvida que sobrevive a fama do homem elevado á luz de uma cara que enfrenta um pelotão de execução.

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Parelhas Cavalgantes

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Parelhas Oculares



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