sexta-feira, dezembro 30, 2005
Musica do Dia
It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine) - R.E.M. - Document - 1987
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No Wishfull Thinking
Este ano não hà intenções, não há desejos. Mais do mesmo que o mesmo não tem sido mau.
Vai-se andando aos tombos, mas o importante é manter um rumo. Qualquer que seja, para a frente é que é o caminho e o último que feche a luz e tranque a porta. Até para o ano.
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Sem Páginas #7
Título - Otherwise Pandemonium
Autor - Nick Hornby
Edição - Penguin - 2005
Porque apesar de tudo não nos podemos deixar ir no pandemónio em que a vida por vezes se torna. Porque só podemos contar com aqueles atributos que a natureza nos dá. Nunca conseguirei usar as palavras com uma perfeição com que Nick Hornby usa.
Porque Shakespeare e todos os clássicos são muito bons, numa escala cronológica até ao Guilgamesh. Porque já ninguém inventa nada, mas é bom ler um bom texto sobre o que é estar à chuva num jogo de futebol. Porque são os pequenos pormenores que permitem aquela identificação mais simples com o tempo em que vivemos. 2005 para 2006.
E rir num autocarro comprado em segunda mão na alemanha de leste quando se está atrasado para o trabalho por causa da história de uma inó-pinada estrela do porno, fica sempre bem.
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quinta-feira, dezembro 29, 2005
Rugby
Nem que seja porque o árbitro explica as decisões. Porque no futebol ninguém respeita os árbitros.
Parece ser um desporto violento. Parece que o futebol é conhecido pelo cotovelo do João Pinto, do Paulinho Santos e do Luisão.
Porque é muito mais complicado do que o futebol e implica uma coordenação motora extremamente sugestiva.
Porque a Selecção joga melhor que a outra e Selecionador é português. Aprendeu no estrangeiro mas não aparece em campo com duas bandeiras e sabe só um hino.
Porque começou a correr sangue escocês na família e não me refiro às quantidades industriais de whisky que se consomem naquelas bandas.
Porque o orgulho de certas coisas é um sentimento belo.
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quarta-feira, dezembro 28, 2005
Greve Parte II
Estou em Greve de Pensamento, outra vez.
Ao contrário dos trabalhadores dos transportes públicos de Nova Iorque, não existe nenhuma lei que a tal me impeça.
A gerência informa que o programa continua dentro de momentos.
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terça-feira, dezembro 27, 2005
Parelhas Musicais
Harvest Moon - Neil Young - Harvest Moon - 1992
- Cassandra Wilson - New Moon Daughter - 1996
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Sem Páginas #6
Título - Le square
Autor - Margerite Duras
Edição - Gallimard - 2005
Para que conste a melhor maneira de conseguir algo é tentando. Tentar resulta sempre, nem que seja numa perca de energia. Mas são as acções que realmente contam.
Um livro que se passa numa praça, acompanha os avanços e recuos de uma conversa a dois. O ser e o ter, o ser e o querer ser qualquer coisa mais. Porque a realidade era aquela e a revolta era meio caminho andado para a libertação do espírito.
Mas no fundo o que conta apesar de todas as hesitações é que ela não se virou e ele ficou a olhar até ela desaparecer da sua vista. E já não vão dançar no baile de Sábado.
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quinta-feira, dezembro 22, 2005
Musica do Dia
Seven O'clock News/Silent Night - Paul Simon & Art Garfunkel - The Definitive Simon and Garfunkel - 1991
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Sinais do Fim do Império
http://video.google.com/videoplay?docid=332731497960837610
Não, não é a picada das 3 frentes africanas nos finais dos anos 60.
É um membro das forças armadas mais poderosas do mundo. Mas eles esquecem-se de que os seus soldados também morrem. E dormem descansados. Paz à sua alma.
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Regressos
Estou de partida para o fim de semana do Natal. Despido de qualquer significado religioso começa a resumir-se à familia. Mas é importante, torna-se um momento de balanço(s) e equilibrios entre todos os elementos. Algo que se vai perdendo com a passagem do tempo e a evolução da vida de cada um de nós. E afinal sempre se consegue equilibrar as finanças depauperadas por gastos absurdos. Depois faço uma análise ao cesto de compras da Amazon.com que a minha irmã me traz. A começar pelo DVD do DJ Shadow.
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quarta-feira, dezembro 21, 2005
sábado, dezembro 17, 2005
30 em 30
Pearl Jam está ligado a dois sentimentos muito diferentes. A inveja de não possuir a edição tripla do "live in Atlanta" de 94 e a desilução de não conseguir ser um better man. A grande diferença é que os cd's já os copiei à muitos anos, enquanto que conseguir ser o melhor homem e permanecer ainda se está para ver. Ou não. Fico para Tio, que também fica bem.
29 de 30
"Nusrat is my Elvis" dizia o Jeff Buckley. E sim pode ser considerado um Elvis no sentido em que a ponte que criou representa uma passagem aberta. A uma nova visão, um novo som, novos instrumentos mas acima de tudo a uma espiritualidade que já nos tinhamos esquecido que existia dentro (da voz) dos homems.
28 de 30
Verão de 2004 e Verão de 2005. Lisboa e Sudoeste. Fatboy Slim a picar os discos com pregos e o refrão "Fatboy Slim is fucking in HEAVEN" a soar-me nos ouvidos. O fim de um ciclo que se fechou sobre mim mesmo. Porque há concertos que não se podem perder na vida que funcionam como corolário de um sentir estridente. Porque não se pode perder o sinal.
27 de 30
Verão de 2003, Sudoeste e Paris. O Beck a cantar "Nobody's Fault but my Own" e um partida e chegada de novos sabores. Foi o fim de um ciclo e o ínicio de outro. A descoberta de que os artistas são apenas isso. Megafones Gigantes, Amplificadores Acústicos do que nos vai na alma-palco de luzes e som estridente. Porque não se pode perder o sinal.
26 de 30
As últimas férias em família foram passadas ao som do maior hit a que portugal assistiu a seguir aos excesso. Os Silence 4 em 98. Como a Expo 98. Ou o comboio da Ponte. Um dos últimos concertos dos Morphine de sempre. O Avante com o Tó. A Viagem á Madeira.
Carro novo, autorádio pela primeira vez. Férias em Braga e nós os 3 a cantar no banco de trás. Verdadeiramente o último verão dos 5. Mas sempre sem um cão.
25 de 30
Skunk Anansie foram a primeira banda que me fez sair de Lisboa. Apesar de tudo a música dos primeiros álbuns nem é má de todo e foram uns meses engrançados. E o concerto no Garage ficará para sempre como o mais suado de sempre. E marcou o meu único momento de fan quando a Skin vestiu a minha hand-made t-shirt no concerto do Porto.
24 de 30
Lovedstone foram a minha primeira tara. A primeira banda de que me preocupei de conseguir ter a discografia completa (2 singles e 1 álbum). My Disgrace será sempre o meu hino teen. Mas a mistura de estilos nas músicas com Rui Veloso e Pacman mostra bem que não é apenas um álbum de guitarras pós-grunge. Mostra bem até que ponto de vez m quando os portugueses fazem música muito, mas mesmo muito boa.
23 de 30
"Super BON BON" foi a minha primeira aproximação à musica dita alternativa. Álbum que chegou em terceira mão mais ao menos ao mesmo tempo que "Rags to Rags" dos EELS se tornava um single pop. Mas a música que mais se marcou no meu espírito é sem sombra de dúvida "How many cans?" representa mesmo aquele ponto baixo em que só contam o número de copos que se encontram em cima da mesa.
22 de 30
O meu primeiro álbum comprado com o meu dinheiro. A lista é minimamente abrangente e até foi um bom ano. A mistura de géneros foi o ideal para não me condicionar muito os ouvidos. Apesar de tudo sempre foi melhor comprar este do que o dos Grammys, cortando três ou quatro faixas ainda se ouve quando não à imaginação para mais nada.
21 de 30
Adoro a minha colecção de mp3. Basicamente, ao fazer scroll no meu disco rigido, consigo ver tal como num espelho as minhas diversas faces. Fases que já passaram mas que são parte integrante deste edificio. Agora que já consegui rippar tudo o que tenho consigo-me lembrar sem ser preciso olhar para quaisquer capas de muitos dos momentos em que tomei posse daquela música.
As contínuas pancas que me vão dando e me levaram muito dinheiro ou paciência vão ser sistematizadas nestas 10 horas de trabalho.
sexta-feira, dezembro 16, 2005
Tenham medo, muito medo
Hoje entreguei dois trabalhos. Feitos, acabados, revistos, corrigidos, alterados e impressos.
Encadernados, embalados e entregues.
Foi assustador e uma prova de como consigo ser audacioso. Alea jacta est.
Mas o medo foi ultrapassado, bastou ver o filme de natal do presidente americano para perder qualquer noção de senso comum. Agora tudo é possivel.
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quinta-feira, dezembro 15, 2005
Place des Vosges
Porque a relatividade é um conceito nada abstracto e tempo/espaço são realidades liquidas.
Estar e passar tempo na place des vosges em Paris é daqueles momentos que me fará sempre feliz. Pensar nas primeiras vezes em que lá me perdi, começar a apreciar a geometria daquele espaço e do tempo em que nos encerra. Apreciar o sol de paris sentado num banco e fugir da chuva para as arcadas ou ouvir encostado às grades do jardim ao Adágio do Albinoni tocado em acordeão. Porque não se deve intreferir e apenas assistir à beleza. Essa é uma beleza que não pode ser tocada e apenas percebida no frio da pele que nos indica que estamos vivos.
Porque não consigo tocar em dinheiro para recompensar os músicos de rua, principalmente os que conseguem despertar em mim tais sentidos de beleza.
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quarta-feira, dezembro 14, 2005
"Tás"
Voltaram os "Tás", aqueles pequenos autocolantes que associam a expressão "Tás" com acções ou situações. Ao abrir o bolycao cairam-me um não "Tás" e um "Tás" ao contrário.
Por acaso até se adequam ao dia que tive. Mas o mais importante era realmente serem os autocolantes mais personalizados: "Tou" em vez de "Tás".
Do tipo "Tou" na merda ou qualquer coisa do género "Tou" na fossa porque para ser honesto "tou"-me nas tintas para como é que 99% das pessoas esTão.
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Musica do Dia
É P'rá Amanhã - António Variações - O Melhor de António Variações - 1997
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terça-feira, dezembro 13, 2005
Sem Páginas #5
Título - A Clockwork Orange
Autor - Anthony Burgess
Edição - Penguin - 2000
Este é daqueles binómios livro-filme que necessariamente tem de ser lido/visto para se perceber meia dúzia de referentes culturais do mundo ocidental. Mas primeiro perceber que afinal a regeneração do último capitulo (o 21 ou antes o 7x3) até á década de 80 era desconhecida dos americanos. Foi a partir desta edição editada que Kubrick realizou o filme e inclusivamente entrando em choque com o autor original.
Os três anos em que a acção decorre descrevem não apenas a evolução de Alex, mas a transformação natural. Não é o condicionamento que o leva a querer crescer é ele mesmo. Depois de tudo o que sofreu e finalmente libertado volta à sua antiga vida, mas a renúncia aos old days nasce de uma vontade, de uma compreensão do mecanismo maior que gira continuamente.
Dificilmente se pode dissociar o discurso final que encerra a narrativa com o Choose Life do Irvine Welsh. Até porque como o próprio Burgess sempre assumiu A Clockwork Orange fala de tudo (mau) de que é acusado mas acaba bem. Porque Alex sabe que vai ter os mesmos problema com o seu filho e assim sucessivamente. E não vale a pena lutar contra isso.
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Musica do Dia
Lost Ones - Lauryn Hill - The Miseducation of Lauryn Hill - 1998
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sábado, dezembro 10, 2005
Strangers in a Cab
Ontem aconteceu aquela coisa que estava fadada a acontecer mais cedo ou mais tarde. O colapso da rede de transportes. Um assassinio de carácter fazerem-me isso num dia de bola. Num dia em que tinha convidados, para a minha 2.ª, digo, 3.ª casa.
Porque ser grande tem as suas vantagens e um homem não é ninguém até o chamarem de dentro de um taxi. "Tu?! Não vais para o Pragal?", o apelo sensual de uma cabeça lavada com primor e que me impediu de sofrer a suprema vergonha de me atrasar (demasiado).
Porque não nos conhecemos, mas o nosso dia-a-dia é exactamente o oposto, e por isso cruzamos-nos no autocarro todos os dias. Ela com o cabelo lavado eu a ler um livro.
O que aconteceu depois foi demasiado vergonhoso, uma passividade em todo o campo, a incapacidade de construir algo com pés e cabeça e a derrota final. Porque não se pode ganhar todos os dias. Mas eu ainda acredito no Paulo Bento.
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sexta-feira, dezembro 09, 2005
Sem Concerto #2
Artista - Black Eyed Peas
Local - Pavilhão Atlântico
Data - 08 de Dezembro de 2005
Porque sim. Porque queria ver uma banda pop-hip-pop ao vivo e perceber se aquilo era só aquilo ou se valia um bocadinho mais. Primeiro choque, a nudez do palco estava à espera de uma produção milionária mas o décor era suficiente para meia duzia de habilidades.
Em termos práticos, eles esforçaram-se e o espéctaculo é muito bom. Podiam cantar um bocadinho melhor (mas a minha posição em relação ao palco também não era a melhor).
Basicamente nem aqueceu nem arrefeceu, apenas o suficiente para querer ouvir os cd's umas vezes para aprofundar a crítica à parte musical.
Porque meia duzia de refrões que ficam no ouvido não fazem uma banda.
Ou se calhar fazem.
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quarta-feira, dezembro 07, 2005
Porque Sim
Porque ás vezes apetece partir tudo daquela maneira infantil. Em que a raiva apenas consegue ver uma fronteira extremamente bem definida. Em que nós somos os bons e eles não.
Em que os acontecimentos nos ultrapassam, são redutores da realidade e provocam desfechos contra os quais nada podemos. Em que todos os momentos que foram sacrificados, perdidos, mas também ganhos e recompensadores são reduzidos a uma simples palavra. Não.
Porque ele sabe com toda a experiência que tem, lutar contra o desânimo e o cansaço, o rídiculo da situação e o absurdo das acções. Mas eu ainda não cheguei a esse ponto e fico ansioso.
Mas chegou a altura e os paybacks não são apenas vinganças, é também querer devolver algum do espírito que recebemos juntamente com o sangue. Pela vontade de ser melhor.
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Parelhas Musicais
Personal Jesus - Depeche Mode - Violator - 1990
- Johnny Cash - American IV : The Man Comes Around - 2002
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terça-feira, dezembro 06, 2005
Trainspotter
You are the ultimate trainspotter - you ARE Mark Renton – you’re looking for the meaning in life away from the humdrum, with a little buzz of adventure. However, remember if you live life too close to the edge there’s a chance you’re going to fall off. But you’re just a fan of the film really – not a drug-addled nutter – right?!
http://www.cinemascreen.co.uk/specials/trainspottingquiz/quiz.html
Fiquei triste não com o conhecimento enciclopédico que tenho do filme, mas sim com a aparente moralidade que tentaram impingir com este texto manhoso. Porque se poderá se ter uma discussão frutuosa é exactamente sobre o significado da expressão "Choose Life".
O filme já não é da minha geração, já o apanhei de raspão na ressaca das "juventudes perdidas" na heroina. Mas também foi minha essa Lisboa dos drogados a sério, dos Renton's.
Porque DIY (Do It Yourself) é talvez o ponto mais baixo de se aceitar e querer entrar na vida. Porque o problema nem é a mortage mas sim querer saber fazer tudo. Ter vontade e conseguir.
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Parelhas Musicais
Because I Got It Like That - Jungle Brothers - Straight Out of the Jungle - 1988
- Fatboy Slim - On the Floor at the Boutique - 1998
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sábado, dezembro 03, 2005
Gift
A arrumação de um espaço, a mudança de uma casa implica o compartimentar da memória. O regresso não dissimulado a outros dias, a outros nós e a outros eu's.
São três as senhoras e três os albuns, como um rol de mercearia.
"Prenda Minha", Caetano Veloso, oferecido no dia de anos o que me deixou sem resposta.
"Quixotic", Martina Topley-Bird, usado como troca para justificar a compra de outra prenda.
"Nação Hip Hop 2005", Colectânea, porque a capacidade de adaptação sempre me espantou.
Porque há certas coisas que mudam mas outras ficam para sempre inalteradas. Porque quem tem razão é o Rui Veloso. E não vale mesmo a pena se elas não gostarem da mesma música.
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sexta-feira, dezembro 02, 2005
Karma(coma)
A teoria é básica, quanto melhores forem as nossas acções mais nos encontramos numa disposição que nos irá guiar para o bem-estar espiritual. A "perfeita-mente" (lógica) da retribuição das nossas acções mais positivas. Pois mas isso acho que só mesmo para culturas que aceitam Deuses com diversos braços e diversas cabeças.
Quem vive no presente, gostaria concerteza de poder acreditar em realidades lineares, de retribuição simplificadas. Mas não, as coisas não são assim tão simples.
Da ultima vez que tentei o meu Karma, desci realmente muito baixo. Coração Partido oblige. Consegui ser realmente um refinado sacana e demonstrar que quando me picam respondo como qualquer ser incivilizado de sangue e ossos. Como qualquer adulto, basicamente.
Ironicamente, depois da percepção dos meus actos me alcançar, não me caiu o céu em cima. Na realidade a justa punição divina que poderia sofrer, resguardou-se. Nada de Deus Ex Machina.
Pelo contrário, foi outro o sabor que a vida me deu a provar. A boca não se amargou, mas também ainda não percebi o que aconteceu. Valeu a pena e deu para aprender, é mais que suficiente.
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