terça-feira, setembro 30, 2008
1/3 de não sei o quê
Porque se chegou ao fim de mais uma parte. De um tempo escuro nas suas cores e cheio de obstáculos. Urge uma nova vontade e uma nova opurtunidade. Talvez apenas um novo ínicio para um novo fim.
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Cautery
Aplicando-se a dose certa de Força (qualquer que seja a sua origem) pode-se obter diversos resultados. A beleza é mesmo o carácter imprevisto da situação. Não há causa efeito nas relações humanas. Apenas no corpo humano. Sedar, cortar, queimar e fechar. Ás vezes numa ordem desconexa. A maior parte das vezes correctamente.
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Sem Páginas #78
Título - The Grandmothers
Autor - Doris Lessing
Edição - Harper - 2004
A capacidade de discernir no meio de tanto ruído de fundo aqueles temas que ferem e deixam marca. E perdendo-se no espaço e no tempo conseguir um grau de identificação grande com o leitor. O apelo não a um sentimento mas a um pulsar primordial. Apenas isso depois as personagens das diferentes histórias têm que se desenvencilhar. Nada mais, tal como no nosso dia a dia. E depois não há finais felizes apenas encerramentos de histórias sem moralidades caducas, aquela realidade que escrita num livro se estranha. Mas depois se compreende.
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segunda-feira, setembro 29, 2008
Shearing
Olhamos para aquela tesoura ferrugenta. Trocamos um mudo olhar cheio de uma dor fria. Aquela tesoura, objecto proibido ás nossas mãos, preferido e guardado com cuidado sobreviveu. O corpo que a sustentava na mão, não. Jaz numa terra que rapidamente se vai encher de uma água fria. E para além da tesoura toda uma casa, todo um baú de recordações. Sobrevivências de tantos espaços vividos, pessoas visitadas, memórias abandonadas e dores permanentes. E apenas a nossa memória para sustentar aquele calor que ela ainda nos provoca. Aquelas pequenas memórias do lugar dela no nosso crescimento. Lembrar que as lágrimas existem para essas pessoas.
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Parelhas Musicais
Wonderwall – The Oasis – (What's the Story) Morning Glory? – 1995
Ryan Adams – Love is Hell (Pt 1) – 2003
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No pása nada
Um dia inteiro para assimilar um conceito. Com sotaque madrileno ou laivos bascos, catalães ou galegos. Apenas isso, a chegada de uma estação nova disfarçada numa expressão jocosa repetida mil vezes. E será que a doença não se instalou de vez e o grande pontapé se torna inevitável. Porque susto como o do autocarro a vomitar as vítimas de um silencioso dia-a-dia não se apagam com o primeiro vento frio.
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sábado, setembro 20, 2008
Sem Páginas #77
Título - A Guerra como Experiência Interior
Autor - Ernst Jünger
Edição - Ulisseia - 2005
O grau de identificação de uma geração do final de um século para outra é extraordinário. Apesar de os desafios serem outros as dúvidas são as mesmas. Potenciado por uma vivência extraordinária de uma realidade ao mesmo tempo vivenciada por milhões e por outro lado ampliada por uma solidão psicológica. Pela primeira vez há uma voz interna que intelectualmente se constrói numa leitura da realidade. Começa todo o despir dos tópicos que alimentaram a civilização ocidental. E apenas fica a lama omnipresente, o corpo desfeito, a alma destroçada e o homem perdido na sua sobrevivência.
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quarta-feira, setembro 17, 2008
Dicionário de um vazio
Porque ao contrário dos outros este tem páginas em branco. São um enumerar de dias e horas e tempos de silêncio. Silêncio do que não é dito, páginas em branco do que não foi feito. Apenas isso uma dormência que se prolonga e não tem fim. A realidade amorfa que me impele para fora da cama. E eu assim parado, á espera de um bang verdadeiro, como nos desenhos animados. Cheio de cor e som para encher as páginas
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um num milhão
Assim como um devaneio estalinista, acordei bem cedo.
Parti numa pressa que o pesado sono morreu no reflexo do sol nascente. E depois o caminho para o centro, qual força centrífuga que suga uma alma colectivo. Depois apenas uma constatação. O pão e o circo vão se alterando mas o fascínio é o mesmo. Apenas isso, apenas o que nos mantém no meio do rebanho. Depois o regresso, apertado no meio de mais umas centenas que partiram comigo.
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domingo, setembro 07, 2008
sábado, setembro 06, 2008
quinta-feira, setembro 04, 2008
Sem Páginas #76
Título - Dubliners
Autor - James Joyce
Edição - Wordsworth - 2003
Porque a captura do nosso vizinho, a abertura de uma alma colectiva não está ao alcance de todos. Procura algo mais que o simples acto, o simples gesto e estabelecendo um escurtínio que abre ao mundo o âmago de uma experiência humana. Daquilo que nos faz humanos para além do tempo e do espaço. Apenas aquele nível em que o medo, a força, a excitação e todos os traços se abrem para deixar de nos esconder perante o mundo. Hoje e ontem. Aqui e lá (onde o lá for).
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Never any good
Como fantasma de uma paternidade que se vai apertando á volta de mim. No ínicio de tudo os dias vão-se sucedendo e quando olhamos para trás, o tempo já se encontra monolítico, barreira inamovível de uma memória cristalizada. Depois olhamos para os filhos e alguém nos compreende projectando todas as sombras e alguma da luz que nos guia neste percurso. Mas pelos vistos vale a pena.
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Sustentabilidade
Responses to stress include adaptation, psychological coping such as stress management, anxiety, and depression. Over the long term, distress can lead to diminished health or illness; to avoid this, stress must be managed.
in wikipedia.org
O problema é que esta gestão devia ser o meu ponto de partida na jornada e não o meu próprio ponto de chegada. Porque esse continua a afastar-se, cada vez mais para longe.
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