pipo69

Um blogue que acompanha um novo percurso múltiplo de diversas dimensões anónimo, indolor, incolor

terça-feira, fevereiro 26, 2008

New Year's Eve

I went to a marvelous party
With Nounou and Nada and Nell,
It was in the fresh air
And we went as we were
And we stayed as we were
Which was Hell.
Poor Grace started singing at midnight
And didn't stop singing till four;
We knew the excitement was bound to begin
When Laura got blind on Dubonnet and gin
And scratched her veneer with a Cartier pin,
I couldn't have liked it more.

Noel Coward

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Parelhas Divinais

Dear Lord and Father of Mankind - The Divine Comedy - Rarities - 1999
Atonement - Joe Wright - 2007

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domingo, fevereiro 24, 2008

Sem Páginas #58

Título - Can’t Stop Won’t Stop
Autor - Jeff Chang
Edição - Ebury - 2007

Porque os modelos que utilizamos são sempre tributários de imagens. Não de realidades mas sim de imagens criadas. A própria definição de vanguarda assume que se constroi algo para além do que existe. Algo que se forma a partir de sonhos de fama e glória. E é nessa vanitas que se prende a luz que se busca, a passagem do local para o global, a venda da alma perante um qualquer diabo. Porque se pode pintar o diabo das cores que se quiser mas a verdade é só uma. Para a corrupção de algo existe sempre um corruptor e um corrompido. Por mais lágrimas de corcodilo que se derramem depois.

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Musica do Dia

Guerras Silenciosas - D-Mars feat. Rodney P & Braintax - Políticas à Parte - 2003

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domingo, fevereiro 17, 2008

Avaliações

Como se pode avaliar de 1 a 5 o esforço honesto de alguém. Como se pode avaliar alguém que não pode ter mais de 4,5. Como se pode criar tabelas matemáticas para algo como o trabalho. Não podemos restringir a realidade a uma enumeração de acções. De telefonemas, mails, contacto interpessoais. E o resto, ninguém conta com o resto. Com as parvoíces dos outros, com os planos estapafúrdios, com as pilhas que não cabem e as fronhas que encolheram. Apenas isso que precisam de perceber. De uma vez por todas.

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Musica do Dia

Welcome to Jamrock - Damien Marley - Welcome to Jamrock - 2005

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domingo, fevereiro 10, 2008

locus minoris resistentiae

Porque se encontra sempre um porta para dentro de nós. Sejam os olhos, a boca, o coração ou a alma. O que é importante é que estamos a falar de um termo médico. Como razão ou como desculpa serve bem melhor do que dizer que soa bem. Mas apenas serve para esconder buracos numa carapaça de tartaruga. E amanhã é dia de trabalho.

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Sem Páginas #57

Autor - John Keegan
Título - Intelligence in War
Edição - Pimlico - 2004

Porque o conhecimento sem decisão não leva a lado nenhum. A busca do conhecimento é apenas o primeiro passo para se estabelecer o segundo passo. Não pode ser o fim em si pois apenas o conhecimento não leva a nenhuma mudança. Apenas aliado á acção. E a acção nasce apenas da vontade humana. E ficamos por aqui. O Fog-of-War instala-se e encobre a visão do mais atento marinheiro. Chegados a este ponto apenas podemos contar com a força bruta alimentada pela vontade de vencer o outro. Aquele ingrediente que transforma as nominais derrotas em estrondosas vitórias. Depois resta apenas contar feridas e perceber que apenas saber não é poder.

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Musica do Dia

That Was My Veil- PJ Harvey - The Peel Sessions 1991-2004 - 2006

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terça-feira, fevereiro 05, 2008

Hotel Chevalier

Num qualquer quarto consegiui Wes Anderson repetir o cliché que nos torna humanos. A capacidade de mentir, de mentir ao outro e de mentir a nós próprios. Melhor do que qualquer peça de Shakespear aqueles 10 minutos podem ser vistos como um paradigma. No fundo o filme podia ser apenas isso. Aquele ambiente não conta para nada, apenas a luta interior dos personagens que se degladiam. Porque o problema não é o ir para a cama. O problema é mesmo o telefonema e o aparecer a uma qualquer porta.

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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

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domingo, fevereiro 03, 2008

Sem Páginas #56

Título - Normas para arranhar céus
Autor - George Mikes
Edição - Empresa Nacional de Publicidade - 19??

Porque a categorização apenas funciona como um processo bilateral. Tem de haver uma imagem a projectar e um reconhecimento pelo receptor. Daí que o pós-guerra tenha mostrado essa necessidade, para colocar no seu lugar todos os povos do mundo. O americano médio não existe per si, apenas como tempo individual que ocupa num determinado espaço regido por fronteiras. Mas a América existe. Ou pelo menos existe algo que pode ser reconhecível pela exclusão de outras partes. E então apenas sobram os restantes. Aquelas franjas que mais facilmente identificáveis são o garante de uma imagem global. Que esconde sempre essa maioria silenciosa que faz as estatísticas. Essa maioria que ainda consegue mudar a história.

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